"As regras vão ao encontro das preocupações da câmara e são fáceis de implementar", afirmou à agência Lusa Carlos Bernardes, presidente deste município do distrito de Lisboa, que na quinta-feira vai definir regras para cada praia numa reunião com a APA.

Questionado sobre como vai fazer o controlo da lotação das praias não vigiadas, o autarca explicou que, à semelhança dos anos anteriores, vai ter a carrinha 4x4 "Praia Segura", cuja tripulação é constituída por dois nadadores-salvadores, a percorrer o litoral do concelho, dando especial atenção às praias não vigiadas.

Pelo ar, vão estar também praticantes de parapente, através de uma parceria com uma associação local, e nas praias uma moto todo-o-terreno.

Além da vigilância, nesta época balnear vai ser responsabilidade destes meios controlar a lotação das praias não vigiadas.

Em todas as praias, o sistema de informação sobre a capacidade de carga a adotar vai ser semelhante ao que existe para indicar o risco de incêndio, adiantou o autarca.

A maior preocupação é nas praias Formosa, Guincho e Santa Helena, no centro de Santa Cruz, que, por terem areais mais pequenos, "há maior quantidade de pessoas por metro quadrado".

Sendo praias vigiadas, o controlo da lotação vai ser feito pelos concessionários, através de um rececionista de praia para fazer esse controlo.

Quanto às regras de distanciamento entre banhistas, Carlos Bernardes sublinhou que, nos 20 quilómetros de costa, "os areais são extensos e não vão existir problemas" de aglomeração.

Nas praias vigiadas, as áreas concessionadas e as esplanadas vão ser alargadas "caso a caso", adiantou.

No âmbito das competências que passaram do Estado para o município, a autarquia isentou os concessionários do pagamento das taxas de ocupação do domínio hídrico, deixando de receber uma receita de 17 mil euros.

A época balnear no concelho vai decorrer entre 27 de junho e 30 de agosto, quando em anos anteriores foi entre 15 de junho a 15 de setembro.

"Nesta fase pandémica, há maiores dificuldades económicas dos concessionários, por um lado, e, por outro lado, como muitos nadadores-salvadores são estudantes temos tido problemas em assegurar a vigilância balnear em junho e setembro e não queremos ter problemas com as bandeiras azuis", justificou Carlos Bernardes.

A medida foi "bem vista pelos concessionários", com quem o município se reuniu na sexta-feira.

Torres Vedras regista 49 casos de infeção confirmados, dos quais cinco estão ativos e 44 recuperados.

As regras de acesso às praias neste verão, devido à covid-19, estão esta semana a ser discutidas pelo Ministério do Ambiente com todos os municípios com praia.

Os utentes das praias devem assegurar um distanciamento físico de 1,5 metros entre diferentes grupos e afastamento de três metros entre chapéus de sol, toldos ou colmos, a partir de 06 de junho, determinou o Governo.

Nos toldos, colmos e barracas de praia, "em regra, cada pessoa ou grupo só pode alugar de manhã (até 13:30) ou tarde (a partir das 14:00)", com o máximo de cinco utentes.

Relativamente ao estado de ocupação das praias, vai existir "sinalética tipo semáforo", em que a cor verde indica ocupação baixa (1/3), amarelo é ocupação elevada (2/3) e vermelho quer dizer ocupação plena (3/3).

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