Em conferência de imprensa, o diretor geral da organização, Tedros Ghebreyesus, reconheceu que em muitos se países se tomaram “medidas sem precedentes com custos económicos e sociais significativos”, o que dá pelo menos tempo para conter a expansão da pandemia.
“A última coisa de que qualquer país precisa agora é reabrir escolas e negócios e ser forçado a fechá-los novamente por causa de um ressurgimento do vírus”, considerou, salientando que “medidas agressivas para encontrar, isolar, testar e tratar casos são a maneira melhor e mais rápida de sair das restrições sociais e económicas e de as evitar”.
“Esta é uma segunda oportunidade que não devemos desperdiçar”, afirmou, salientando os “cerca de 150 países com menos de 100 casos” que podem ainda evitar o contágio comunitário.
Contudo, são necessárias “medidas mais precisas”, sobretudo encontrar casos suspeitos, isolá-los e ter uma força de profissionais de saúde e saúde pública capaz de os tratar, “a melhor maneira de conter e evitar a transmissão, para que quando as restrições forem levantadas o vírus não regresse”.
A OMS recomenda o aumento da força de trabalho em saúde e saúde pública e a criação de “um sistema que permita encontrar todos os casos suspeitos”, bem como a preparação de instalações capazes de acolher doentes e conter o contágio de forma eficaz.
Tedros Ghebreyesus apelou ainda para o aumento da produção e realização de testes à doença e para a criação de “um plano claro e um processo para colocar em quarentena” pessoas que tenham tido contacto com o novo coronavírus, que provoca a Covid-19.
Os governos devem ser completamente reorientados para se concentrarem na supressão e contenção da pandemia, referiu ainda.
Sem isso, corre-se o risco de entrar num círculo vicioso de aplicar restrições, levantá-las, o vírus ressurgir e serem necessárias restrições novamente, alertou.
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