“Todo o novo instrumento, seguro e eficaz contra a covid-19, é mais um passo para controlar a pandemia”, realçou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado num comunicado da organização, acrescentando que “a esperança oferecida por estes instrumentos não se materializará a não ser que sejam disponibilizados a todos os povos em todos os países”.
Esta autorização da OMS chega no dia seguinte à aprovação da vacina da farmacêutica Janssen, subsidiária europeia do grupo norte-americano Johnson & Johnson, pela Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla em inglês), que também a considerou “segura e eficaz” contra a covid-19.
O diretor-geral da OMS apelou hoje aos governos e às empresas para que usem “todas as soluções ao dispor para acelerar a produção”, para que estes medicamentos se tornem “verdadeiramente em bens públicos globais, disponíveis e acessíveis a todos, a uma solução partilhada ara a crise global”.
A vacina da Janssen, é a primeira de dose única a ser listada pela OMS, o que “deve facilitar a logística da vacinação em todos os países”, sublinhou a organização no comunicado, assinalando que “os amplos dados dos grandes ensaios clínicos feitos pela companhia também mostram que a vacina é eficaz nas pessoas com mais idade”.
Segundo o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento), esta vacina “é composta por um vetor viral, baseado em adenovírus que foi modificado, de forma a conter o gene responsável pela produção da proteína ‘spike’, uma proteína que o vírus SARS-CoV-2 utiliza para infetar células.
Ao contrário das outras três vacinas contra a covid-19 que já estão a ser administradas, a da Janssen é de toma única e exige uma menor capacidade de frio para o seu transporte e armazenamento.
No âmbito do compromisso da farmacêutica com a Comissão Europeia, está previsto que Portugal receba, ao longo do segundo trimestre deste ano, os primeiros 1,25 milhões de vacinas da Janssen que fazem parte de um lote de 4,5 milhões que o país deverá ter disponíveis ao longo deste ano.
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