Num email enviado aos enfermeiros, a que a agência Lusa teve acesso, a OE, em colaboração com as autoridades de saúde, apela também a todos os profissionais que “tenham experiência em cuidados intensivos que se encontrem em unidades de cuidados de saúde primários e que possam, temporariamente, em regime de mobilidade, reforçar as unidades de cuidados intensivos”.
É ainda feito um apelo a todos os enfermeiros que se “encontrem desempregados e que possam, de imediato, celebrar contrato de trabalho com instituição de saúde/social”.
A OE pede também aos enfermeiros que trabalham no setor privado ou social e que se encontrem em “situação de 'lay off'” (programas de suspensão de contratos de trabalho), ou “cujas entidades se encontrem temporariamente encerradas por força da atual situação de emergência”, para que possam integrar uma bolsa, com vista ao reforço de unidades de saúde.
O email, assinado pelo vice-presidente do conselho diretivo da Ordem dos Enfermeiros, Luís Filipe Barreira, pede a estes profissionais para que acedam e façam a inscrição no site https://balcaounico.ordemenfermeiros.pt/ .
A Ordem lembra que os “enfermeiros, sendo os profissionais que se encontram na primeira linha de contacto com todos aqueles que procuram os serviços, são chamados a desempenhar um papel fundamental”.
“Face ao período de Emergência de Saúde Pública Internacional em que nos encontramos, atenta a propagação global do novo coronavírus e à ameaça que o mesmo já representa para a Saúde Pública nacional, compete à Ordem dos Enfermeiros e à totalidade dos seus membros, em articulação com as autoridades de saúde e as entidades competentes, colaborar na efetiva implementação das medidas de contenção consideradas adequadas”, refere o email.
A covid-19, causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, é uma infeção respiratória aguda que pode desencadear uma pneumonia.
Detetado em dezembro de 2019, na China, o novo coronavírus já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 59 mil.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 266 mortes, mais 20 do que na véspera (+8,1%), e 10.524 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 638 em relação a sexta-feira (+6,5%).
Dos infetados, 1.075 estão internados, 251 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 75 doentes que já recuperaram.
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