Nós estamos neste momento com a Direção-Geral da Saúde (DGS) a trabalhar no sentido da disponibilização das orientações. Já temos uma base de orientações que vão ser disponibilizadas ainda esta semana por todas as creches, no fundo com regras de segurança, regras sobre as medidas que devem ser implementadas para que esta reabertura seja feita da forma mais segura, mais tranquila”, disse a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho.
A ministra visitou esta tarde a creche do Centro de Promoção Social Alta de Lisboa, no Lumiar, em Lisboa, onde hoje 24 funcionárias foram testadas para despiste de covid-19, uma medida para preparar a reabertura do espaço a 18 de maio que, segundo a diretora Maria Serra, deve voltar a receber 32 crianças das mais de 100 que habitualmente frequentam o equipamento da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.
O Governo definiu um período de transição para a abertura das creches, entre 18 de maio e 01 de junho, para que as famílias possam deixar as crianças apenas quando “ganharem confiança” sem perderem o apoio atribuído às famílias.
Cerca de 29 mil trabalhadores de mais de 2.000 creches vão ser testados ao coronavírus que causa a doença covid-19, num programa nacional de rastreio.
Ana Mendes Godinho adiantou que o Governo está a trabalhar com os parceiros do setor social para quando estiverem concluídas as orientações se poder “disseminar informação e haver formação por parte de todas as creches para as normas que devem seguir”, nomeadamente na separação de espaços, entradas e saídas dos equipamentos, tendo também como exemplo países europeus onde estes equipamentos já reabriram.
“Já esta quarta-feira teremos uma primeira sessão de esclarecimentos ‘online’, também com a DGS, para responder a dúvidas que surjam e garantir que fazemos da forma mais segura e com confiança esta reabertura programada das creches”, disse a ministra.
Ana Mendes Godinho reafirmou a manutenção dos apoios aos pais com crianças em idade de frequência de creches até final de maio, para que durante 15 dias possam testar o regresso e ganhar confiança na permanência das crianças nestes espaços.
Já para todos os restantes apoios para pais com crianças em idade escolar, a ministra da tutela disse que estes se mantêm enquanto permanecerem encerradas as atividades letivas presenciais e enquanto não houver uma alternativa a ficar em casa com as crianças.
Sobre a reabertura dos lares a visitas de familiares, a ministra disse que é uma questão que está a ser avaliada, tendo em conta critérios de segurança e proteção de uma população particularmente vulnerável à doença e às consequências mais graves da infeção, uma vez que a taxa de letalidade incide sobretudo sobre os mais idosos.
Num ponto de situação sobre os testes em lares, Ana Mendes Godinho referiu que o programa de rastreio já abrangeu mais de 41 mil trabalhadores destas instituições.
Sobre a bolsa para colocação de trabalhadores em lares através do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), referiu que mais de 2.800 pessoas estão a trabalhar ao abrigo deste programa.
Portugal contabiliza 1.063 mortos associados à covid-19 em 25.524 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
O país entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
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