No final de uma reunião com a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), Diana Ferreira considerou que na região “há três necessidades muito concretas: o reforço do investimento no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o reforço de meios humanos e também, considerando o atual contexto de covid-19, a necessidade de se implementar duas estruturas de retaguarda para estes casos”.
“Chamemos-lhes dois hospitais de campanha, um que corresponde ao Grande Porto e outro na zona do Vale do Sousa, para responder a todo o distrito, no que se refere à capacidade de internamento da covid-19 e permitir, também, que haja outras respostas do ponto de vista do SNS”, referiu, em declarações aos jornalistas.
A resposta da ARS-Norte, segundo a deputada comunista, foi que “estará prevista a instalação de uma estrutura para acolher doentes que continuem positivos, mas que não têm necessidade de internamento, podendo assim desocupar camas, dando maior capacidade aos hospitais para acolher os casos mais graves”.
“O entendimento que nós temos é que é preciso ter dois hospitais de campanha para que possamos ter aqui uma resposta mais abrangente e isso exige, naturalmente, reforço de investimento, exige meios humanos adequados, e exige, também, vontade política para o concretizar”, acrescentou.
A estrutura a criar pela ARS-N em articulação com a Segurança Social destina-se a acolher doentes que, ainda que estando positivos, não precisam de internamento hospitalar, mas também não têm condições para regressar a casa ou para garantir o isolamento.
Em relação à proposta de criação de dois hospitais de campanha, Diana Ferreira defendeu ainda que esta deve ser uma responsabilidade do Ministério da Saúde e, no caso, da ARS-N, e não das autarquias.
“Não pode ficar no âmbito das autarquias, porque podem existir aqui diferenças de respostas que não se justificam e que não são aceitáveis”, considerou.
O envolvimento das autarquias é “um envolvimento natural”, mas, defendeu a deputada comunista, “é responsabilidade do ministério garantir uma resposta que seja universal e que sirva às necessidades de cada região”.
Portugal contabiliza pelo menos 2.181 mortos associados à covid-19 em 99.911 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Em vigilância, permanecem 54.851 contactos, mais 2.308 do que no sábado. Os dados divulgados no domingo revelam ainda mais 1.081 casos recuperados, perfazendo 59 mil. Já os casos ativos ascenderam a 38.730, uma subida de 756 em comparação com o dia anterior.
O Norte concentra 39.449 casos confirmados, mais 1.168 do que no sábado, e 959 óbitos, mais nove.
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