Sánchez referiu-se à situação da pandemia em Espanha e em Madrid numa entrevista à La Sexta, onde reconheceu a sua preocupação face aos dados da evolução da covid-19 no país.

No entanto, sublinhou que a situação não tem nada a ver com a vivida durante vários meses, e que agora estão a detetar-se muitos casos de contágio.

“O sistema está muito mais preparado, mas os dados criam preocupação e há que reforçar a colaboração entre o Governo central e as comunidades”, salientou, antes de sublinhar que ambas as administrações estão a dar um exemplo de coordenação.

Embora tenha assumido que não se pode fechar qualquer porta, Sánchez assegurou que não prevê um novo confinamento do país porque existem ferramentas para achatar a curva, algo que está convencido que só será possível com anuidade entre o Governo e as comunidades.

Isso é o que irá transmitir à presidente da Comunidade de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, na reunião de segunda-feira.

Sánchez, que confia que as medidas que vai colocar em marcha o Governo de Madrid, a partir de segunda-feira, são as corretas, adiantou que o executivo continuará a ajudar todas as comunidades autónomas, especialmente a de Madrid.

“A minha mensagem é que o Governo vai na segunda-feira à Puerta del Sol [sede do Governo madrileno] para ajudar, apoiar. Não vamos julgar, nem avaliar”, sublinhou.

Nesta linha, o governante insistiu que vai colocar à disposição de todos os recursos do Estado para voltar a achatar a curva de covid-19 em Madrid, que continua a ser a comunidade autónoma com o maior número de infeções em Espanha.

O aumento dos casos dos últimos dias levou a região de Madrid a decidir restringir, a partir de segunda-feira, a liberdade de movimentos a mais de 850.000 pessoas, 13% dos seus habitantes, de zonas da cidade onde houve um maior aumento dos contágios de covid-19. A população afetada poderá sair do seu bairro para ir trabalhar, ao médico ou levar os seus filhos à escola, e o número de pessoas que se podem reunir é reduzido de dez para seis.

O encerramento de jardins e parques é outra das medidas anunciadas para ser implementada em 37 áreas sanitárias da capital espanhola, uma cidade que tem cerca de 6,6 milhões de habitantes num total nacional de 47 milhões.

No interior dessas zonas continua a ser possível circular, mas haverá uma redução da capacidade dos estabelecimentos de 50%, em termos gerais.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 953.025 mortos e mais de 30,5 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Espanha registava, até sexta-feira, mais de 640 mil casos de covid-19, de que resultaram 30.495 mortos.

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