Esta posição foi assumida pela deputada ecologista Mariana Silva no final da reunião com o primeiro-ministro, António Costa, sobre as medidas a adotar para o combate à pandemia da covid-19 no Conselho de Ministros extraordinário deste sábado.
Mariana Silva começou por dizer que o PEV aceita medidas que tenham como base posições dos técnicos de saúde, mas afastou para já cenários de confinamento geral no âmbito de um regresso ao estado de emergência.
"Isso será mais para a frente. Ouvimos as medidas que o Governo nos apresentou. Daremos a nossa opinião dependendo daquilo que for apresentado", referiu.
No entanto, em relação à possibilidade de ser decretado novo estado de emergência, a dirigente ecologista advertiu que "é necessário mais pedagogia, mais campanha e mais esforço" em matéria de qualidade de vida dos portugueses.
"Se tiverem de se impor medidas, que essas medidas não sejam restritivas das liberdades e garantias de cada cidadão. Não é pela punição que mudamos comportamentos, mas sim pelo esclarecimento e pela pedagogia", contrapôs.
O PEV entende que "são necessários mais transportes públicos e mais horários para que as pessoas possam circular em segurança, sendo também necessária uma maior fiscalização dos locais de trabalho para se perceber se todas as regras de higienização estão a ser cumpridas".
Neste contexto, Mariana Silva apelou a que, além "do reforço do SNS com mais meios e mais profissionais, haja também uma campanha de pedagogia para que as pessoas saibam como se comportar - e percebam que os seus comportamentos podem influenciar não só o seu estado de saúde, como também a saúde daqueles com quem convivem diariamente".
"Como as pessoas já estão cansadas e exaustas destas medidas, é preciso reforçar as campanhas de pedagogia", acrescentou.
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