O vírus da Covid-19 foi detectado por até dois ou três dias em plástico e aço inoxidável, e por até 24 horas em cartão.
O estudo foi publicado no New England Journal of Medicine (NEJM) e conduzido por cientistas do Centros dos Estados Unidos para Controlo e Prevenção de Doenças (CDC), e das Universidade da Califórnia, Los Angeles e Princeton.
Os investigadores usaram um inalador para simular a tosse ou espirro de uma pessoa e descobriram que o vírus pode ser detetado por três horas no ar.
O estudo foi publicado pela primeira vez num site de informação médica na semana passada, antes de ser revisto por outros investigadores, e chamou muita atenção — incluindo algumas críticas de cientistas que consideram que poderia ter uma análise exagerada sobre a ameaça aérea.
Os críticos do estudo questionam se um inalador poderá imitar adequadamente uma tosse ou espirro.
Os cientistas descobriram que o vírus que causa a Covid-19 tem níveis semelhantes de viabilidade fora do corpo que o seu antecessor que causou a Sars.
Mas as semelhanças descobertas não explicam por que razão a nova pandemia infetou quase 200 mil pessoas e causou cerca de 8 mil mortes, enquanto a epidemia de Sars infectou aproximadamente 8 mil e fez 800 vítimas fatais.
A pandemia
Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.
A doença espalhou-se por mais de 146 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Os países mais afetados depois da China são a Itália, com 2.503 mortes para 31.506 casos, o Irão, com 988 mortes (16.169 casos), a Espanha, com 491 mortes (11.178 casos) e a França com 148 mortes (6.633 casos).
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou na terça-feira o número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.
Dos casos confirmados, 242 estão a recuperar em casa e 206 estão internados, 17 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O boletim divulgado pela DGS assinala 4.030 casos suspeitos até esta data, dos quais 323 aguardavam resultado laboratorial.
Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.
De acordo com o boletim, há 6.852 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde.
Atualmente, há 19 cadeias de transmissão ativas em Portugal, mais uma do que no domingo.
Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.
O Governo também anunciou o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.
Esta terça-feira, o Governo declarou estado de calamidade pública para o concelho de Ovar, concelho que tem quase 30 pessoas infetadas e onde existem indícios de transmissão comunitária do coronavírus.
O despacho, publicado na noite de terça-feira, com “efeitos imediatos” e que vigorará até 02 de abril, determina que dentro do município de Ovar, distrito de Aveiro, “é interditada a circulação e permanência de pessoas na via pública, exceto para deslocações necessárias e urgentes”.
Onde posso consultar informação oficial?
- https://covid19.min-saude.pt
- https://covid19.min-saude.pt/ponto-de-situacao-atual-em-portugal
- https://www.dgs.pt/em-destaque.aspx
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