Estrangeiros impedidos de entrar e polacos com quarentenas obrigatórias de quinze dias no momento em que regressam ao país. Estas são as medidas para as fronteiras que a Polónia definiu e anunciou esta sexta-feira pelo primeiro-ministro Mateusz Morawiecki.

Até agora, a Polônia registou 68 casos de contaminação e uma morte. "A maioria dos casos que estão a espalhar a epidemia são importados", justificou o chefe de governo.

A Dinamarca também vai fechar as fronteiras à meia-noite de sábado e vai mantê-las fechadas até, pelo menos, ao dia 13 de abril, embora não siga medidas tão restritas, como explicou Mette Frederiksen, primeira-ministra dinamarquesa em conferência de imprensa.

"Cidadãos dinamarqueses e estrangeiros que trabalhem na Dinamarca continuarão a ser livres de entrar e sair do país. O transporte de comida e medicamentos também não será afetado", sublinhou.

A Dinamarca conta com 801 casos de infeção por Covid-19 confirmados, sem qualquer morte a registar.

Estes são os primeiros dois países europeus a fechar as fronteiras.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.300 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (34), ao passar de 78 para 112, dos quais 107 estão internados.

A região Norte continua a ter o maior número de casos confirmados (53), seguida da Grande Lisboa, cujo registo duplicou para 46, enquanto as regiões Centro e do Algarve têm cada uma seis casos confirmados. Além destas há um caso assinalado pela DGS no estrangeiro.

O boletim epidemiológico assinala também que, desde o início da epidemia, a DGS registou 1.308 casos suspeitos (mais de o dobro em relação a quinta-feira) e mantém 5.674 contactos em vigilância.