Portugal regista 36.690 casos confirmados de infeção por coronavírus, mais 227 do que ontem. Nas últimas 24 horas ocorreram mais 5 mortes relacionadas com covid-19.

A região de Lisboa e Vale do Tejo, que tem sido a mais afetada por novos casos, tem agora 14.828 casos confirmados, mais 206 do que ontem. As cinco mortes registadas aconteceram todas nesta região que concentra 90% dos novos casos.

Excetuando Lisboa e vale do Tejo, as restantes regiões do país registam apenas, no seu conjunto, mais 21 casos de infeção confirmados.

No que se refere aos casos recuperados, são agora já 22.669 no total - aumentaram 231 de ontem para hoje. O número de pessoas internadas diminuiu, passando de 428 para 419.

Conferência de Imprensa: temas em destaque

A conferências de imprensa contou com a presença do secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, e a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas.

Covid-19 em lares da terceira idade

Segundo o secretário de Estado, há atualmente 240 lares com casos de Covid-19, o que correspondente “a menos de 10% do universo de lares do nosso país”.

Linha de apoio psicológico

Lacerda Sales divulgou ainda que a linha de apoio psicológico atendeu 16 mil chamadas, sendo que destas 1.500 foram de  profissionais de saúde.
543.500 pessoas estiveram em vigilância através da plataforma de dados ‘Trace Covid

“Já 543.500 pessoas estiveram, através da plataforma ‘Trace Covid’, em vigilância em casa pelos serviços de saúde”, afirmou António Lacerda Sales na conferência de imprensa diária sobre a pandemia. De acordo com o governante, atualmente, 96,6% dos “casos ativos de infeção” estão “a recuperar em casa".

A 21 de maio, mais de 73 mil profissionais de saúde tinham acesso à plataforma de dados 'Trace Covid', vigiando mais de 398 mil casos confirmados ou suspeitos de covid-19 em internamento domiciliário, divulgou o secretário de Estado da Saúde.

António Lacerda Sales, disse que passou a ser 73.520 o número de profissionais de saúde com acesso à plataforma e que são mais de 398 mil os casos confirmados ou suspeitos em casa a ser vigiados pelas autoridades da saúde. Destes, referiu na ocasião, 16 mil estavam em “vigilância clínica”.

Abertura de centros comerciais em Lisboa

Graça Freitas afirmou esperar que a reabertura de centros comerciais na região de Lisboa - que terá lugar amanhã - se realize “de forma ordeira”, considerando que haverá “ainda mais cuidados” dado o foco de contágios.

“Tenho a referir que estes centros já reabriram noutros locais do país e não tivemos notas de distúrbios nem de ajuntamentos anormais, nem de comportamento não cívico por parte das pessoas, portanto nada faz esperar que a abertura destes centros comerciais em Lisboa não se verifique da mesma forma ordeira”, declarou a diretora-geral da Saúde.

De acordo com a responsável, “não se perspetiva que o comportamento da população em Lisboa seja diferente, antes pelo contrário, é uma população que terá ainda mais cuidados porque sabe que a atividade do vírus em Lisboa é superior à do resto do país”.

Graça Freitas ressalvou também que “o espaço comercial tem regras que tem de cumprir e tem funcionários para ajudar os clientes a cumprir essas regras, orientando nomeadamente fluxo de pessoas dentro do centro comercial e dos diferentes de espaços”.

Manifestações em Lisboa

Sobre a realização de manifestações em Lisboa, que faz parte da região mais afetada pela pandemia em Portugal no momento atual, o secretário de Estado da Saúde disse que continua "a esperar o civismo e garantia de segurança por parte de quem organiza estes eventos". "Que continue esta consciência cívica dos portugueses", acrescentou, afirmando estar "tranquilo" em relação a essa situação.

Surto em Espinho

Coube à diretora-geral de Saúde o ponto de situação, referindo que o surto está "circunscrito a um agregado com cerca de 10 pessoas doente" e que "aparentemente não houve focos de transmissão no café".
"Até à data a situação está controlado dentro de agregados familiares", acrescentou.

Que máscaras usar

Depois de o ministro do Ambiente ter dado uma entrevista a recomendar o uso de máscaras comunitárias, Graça Freitas esclareceu as orientações da DGS nesta matéria. "A DGS recomenda a utilização comunitária de máscaras de dois tipos (excluindo os doentes imunodeprimidos): podem usar as ditas comunitárias, que têm regras para fabrico e licenciamento, ou as chamadas máscaras cirúrgicas que são descartáveis e que têm um perfil de filtração conhecido".
A diretora acrecentou que "uma máscara descartável deve ir para o lixo doméstico e nunca abandonada na via pública" e "as comunitárias devem seguir as recomendações do fabricantes e há modalidades diferentes".
Sobre as  descartáveis, Graça Freitas acrescentou ainda que "devem ser colocadas num envelope ou saco e deitadas no lixo doméstico".

Jornais e revistas em espaços com atendimento ao público

Questionada sobre a recomendação no sentido de não haver de jornais e revistas em espaços como cabeleireiros, barbeiros, consultórios, Graça Freitas esclareceu que "manusear papel não implica um risco acrescido muito grande" mas que "há uma nuance": " nos cabeleireiros, barbeiros, consultórios estamos sempre a recomendar a higienização das superfícies e isso é mais fácil sem ter jornais e revistas, porque melhora a capacidade de limpeza. É mais fácil higienizar uma superfície sem nada", sublinhou.