“Está prevista a chegada das primeiras vacinas à região, 9.750 vacinas, na primeira semana de janeiro, segundo uma previsão adiantada pela comissão nacional”, indicou Miguel Albuquerque numa videoconferência.
O governante insular realçou que “a comissão coordenadora regional tem mantido o contacto com a equipa nacional e, neste momento, estão já garantidas todas as condições necessárias para o armazenamento, logística e administração das vacinas no contexto regional, nas ilhas da Madeira e Porto Santo”.
O responsável adiantou que os frigoríficos para guardar estas vacinas, que foram adquiridos pela região, “já desembarcaram e estão devidamente acondicionados”.
Miguel Albuquerque ainda salientou que o Plano Regional de Vacinação contra a covid-19 será publicamente apresentado na próxima quarta-feira.
Referindo-se à situação na Madeira, o governante alertou para o “grande risco” que a ilha atravessa com o desembarque de milhares de pessoas, entre estudantes e emigrantes, que vêm passar a quadra festiva.
Segundo o presidente do Governo Regional, nos últimos 20 dias chegaram à região “mais de 25.000 pessoas”, estando 19.621 pessoas sob vigilância através da aplicação Madeira Safe.
Por isso, alertou para a necessidade do “cumprimento escrupuloso” das medidas de proteção e das regras em vigor na região, sublinhando que “esta é a época em que é importante evitar alarmismos e não alimentar falsas informações [que surgem nas redes sociais] que em nada contribuem para o controlo da situação”.
Miguel Albuquerque vincou que, se individualmente as pessoas não tomarem “as necessárias cautelas” nos próximos dias, a Madeira vai “sofrer as consequências nas próximas semanas”.
“Ou seja, pagaremos muito caro em termos de saúde pública a nossa potencial irresponsabilidade”, alertou.
Admitindo que as pessoas estão “saturadas” desta situação que se arrasta há 10 meses, insistiu que a vacina já está “no horizonte próximo”, pelo que “não se pode deitar tudo a perder”.
O governante insistiu que a Madeira não tem cadeias de transmissão comunitária ativas, visto que “os serviços de saúde continuam a identificar, controlar e vigiar todas as cadeias de transmissão local”.
“Temos cerca de 48 cadeias de transmissão conhecidas e ativas e, destas, 33 com mais de dois casos conhecidos”, referiu.
Sobre a capacidade de camas nos hospitais, Albuquerque mencionou que, nas duas áreas autónomas dedicadas à covid no Hospital Dr. Nélio Mendonça, existe um total de 90 camas, das quais 30 estão ocupadas.
“Ambas estas áreas autónomas dedicadas à covid são passíveis de duplicar a capacidade em camas em 24 horas, se for necessário”, enfatizou.
O governante ainda destacou que, na primeira quinzena de janeiro de 2021, estará a funcionar “uma nova unidade por baixo do serviço de urgência, com 12 quartos individuais compressão negativa”.
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