Na conferência de imprensa realizada após a primeira reunião da estrutura de monitorização da situação de calamidade, o ministro da Administração Interna destacou que a intervenção das forças de segurança se tem pautado “quase exclusivamente pelo apelo, sensibilização e recomendação das melhores práticas”.
Segundo Eduardo Cabrita, nos primeiros dias de situação de calamidade, foram encerrados 177 estabelecimento que violaram as regras sobre a proibição de abertura, nomeadamente por terem mais de 200 metros quadrados, e foram suspensos 30 outros estabelecimentos porque não cumpriam os requisitos sobre as vendas ao domicílio.
O ministro referiu que as forças de segurança aplicaram 42 coimas relacionadas com o incumprimento do uso de máscara ou viseiras nos transportes públicos e identificaram 830 situações de incumprimento da utilização de máscaras em espaço comerciais de atendimento ou serviços públicos.
O governante acrescentou que foram detidas oito pessoas, quatro das quais por violação do confinamento obrigatório e outras quatro por resistência à aplicação das regras que foram estabelecidas.
Eduardo Cabrita destacou que o “uso de máscara nos transportes públicos foi acolhido de forma significativa” pela população.
Nas declarações aos jornalistas, o ministro realçou “o papel muito relevante” dos secretários de Estado que fazem a articulação entre o Governo e as estruturas locais, permitindo a realização de testes de diagnostico à covid-19 aos trabalhadores dos lares de idosos.
Eduardo Cabrita revelou que os testes aos trabalhadores dos lares e de outras estruturas de apoio residencial estão concluídos no Norte e Algarve e, na próxima semana, vão estar finalizados nas regiões do Centro e Lisboa e Vale do Tejo.
“Trata-se de um processo que envolveu dezenas de milhares de testes e está na sua fase final”, disse, sublinhando que também já se iniciou a realização de teste aos trabalhadores das creches.
O ministro disse ainda que até à próxima semana vão ser realizados testes de diagnóstico à covid-19 aos profissionais das creches com o objetivo de preparar o regresso à atividade, a 18 de maio.
Coordenada pelo ministro da Administração Interna, a estrutura de monitorização da situação de calamidade integra representantes das forças e serviços de segurança e da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, bem como os Secretários de Estado das áreas governativas da Economia, dos Negócios Estrangeiros, da Presidência do Conselho de Ministros, da Defesa Nacional, da Justiça, da Administração Pública, da Educação, da Segurança Social, da Saúde, do Ambiente, das Infraestruturas e Habitação e da Agricultura.
Portugal está desde domingo em situação de calamidade devido à pandemia de covid-19, depois de 45 dias em estado de emergência, que vigorou entre 19 de março e 02 de maio.
Portugal regista hoje 1.114 mortes relacionadas com a covid-19, mais nove do que na quinta-feira, e 27.268 infetados (mais 553), segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde.
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