Esta posição foi transmitida pela deputada do PS no final de mais uma reunião no Infarmed, em Lisboa, sobre a evolução da situação epidemiológica em Portugal, após o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter prestado declarações.

Maria Antónia Almeida Santos considerou que a estratégia de vacinação em Portugal “foi um êxito”, salientou a “capacidade do povo português na adesão à vacina” contra a covid-19 e a eficaz organização da equipa coordenadora deste processo.

“A taxa de vacinação permite-nos estar neste momento numa situação bem mais confortável do que outros países. Apesar desta situação mais confortável, a incidência das infeções apresenta uma tendência crescente e os internamentos estão a aumentar”, referiu.

A deputada do PS apontou também que em Portugal há um segmento da população em situação vulnerável face à covid-19, numa alusão aos mais idosos.

“Por uma questão de precaução, temos de ser solidários para preservar a saúde de todos os portugueses. A incidência da infeção está a aumentar e, portanto, por autocontrolo e por uma questão de responsabilidade individual e coletiva, temos de tomar as devidas precauções”, reforçou.

Maria Antónia Almeida Santos referiu que poderão estar a ser preparadas uma série de medidas de combate à doença, tal como aconteceu no passado.

“Mas a situação não é comparável às épocas mais severas que o país já viveu. Os portugueses, no seu conjunto, estão mais protegidos em relação a doença severa da covid-19. Mesmo assim, por precaução, temos de estar conscientes que há medidas que, com algum sacrifício, terão de ser acatadas”, acrescentou.

PSD pede mais meios humanos para vacinação sem prejudicar outros doentes

O PSD pediu hoje que se coloquem “todos os meios necessários” ao serviço da vacinação, que já provou que “salva vidas”, mas criando equipas próprias para não prejudicar os doentes não-covid.

Em declarações aos jornalistas, no final da reunião de avaliação sobre a situação da pandemia em Portugal, o deputado do PSD Ricardo Baptista Leite salientou que “a vacinação funciona, salva vidas e evita casos graves de covid-19”.

“O maior sinal de preocupação que sai da reunião é, percebendo que a vacinação nos permite como país garantir que não temos de impor medidas restritivas no futuro imediato, vemos que por falta de meios para os centros de vacinação podemos não conseguir vacinar todos os que têm de estar vacinados até 19 de dezembro”, afirmou o vice-presidente da bancada do PSD e médico, aludindo à intervenção na reunião do responsável pela task-force da vacinação.

Por isso, apelou, o PSD quer “que se coloquem todos os meios necessários” ao serviço da vacinação para se minimizar “ao máximo” o impacto da doença no próximo inverno.

No entanto, o deputado e médico avisou que, tão ou mais importante que a resposta à covid-19, é a resposta “aos doentes com outras doenças”.

“Os centros de saúde não aguentam mais ver os seus médicos, os seus enfermeiros, os seus profissionais a serem retirados para serem colocados em centros de vacinação. A partir do momento em que assumimos que a vacinação nos próximos meses vai ter de ser uma prioridade, temos de ter equipas próprias para a vacinação e, agora no inverno, equipas próprias para tratar de doentes respiratórios sem afetar a atividade de centros de saúde”, alertou.

Por outro lado, o deputado social-democrata apelou a que sejam adotadas outras medidas como “a ventilação e a medição do dióxido de carbono em espaços fechados”, como salas de aulas e de espetáculos, bem como a que se discuta - o que disse não ter acontecido na reunião de hoje - o acesso aos tratamentos que começam a aparecer no mercado.

“A partir do momento em que o conhecimento e a tecnologia existem, tudo tem de ser feito para evitar que a economia volte a sofrer como sofreu ao longo destes dois anos”, apelou.

Na reunião do Infarmed, o responsável pelo Núcleo de Coordenação do Plano de Vacinação, coronel Carlos Penha-Gonçalves, alertou que o alargamento da população elegível para dose de reforço contra a covid-19 vai exigir a disponibilização de mais meios no terreno.

“Desde ontem [quinta-feira], pela norma da DGS, estamos agora a considerar outros grupos populacionais e estamos a falar, basicamente, de 1,8 milhões de pessoas”, começou por dizer, continuando: “Esta nova ambição com o alargamento da população-alvo indica-nos que é preciso fazer um reforço da estrutura executiva, que administra a vacina. É nesse equilíbrio de aumento da capacidade no terreno que vamos atingir os objetivos”.

BE diz que é urgente garantir aceleração da vacinação

O BE defendeu hoje que “é absolutamente urgente” garantir que o ritmo de vacinação contra a covid-19 é acelerado “o mais rapidamente possível” para combater a pandemia, apelando ao urgente reforço do número de profissionais de saúde.

À saída da reunião que juntou hoje no Infarmed, em Lisboa, especialistas e políticos para analisar a situação epidemiológica da covid-19, o deputado do BE Moisés Ferreira defendeu que “a vacinação resulta” e que “a melhor forma de fazer face a um recrudescimento dos casos da pandemia” e de “debelar de forma futura e permanente a pandemia é exatamente reforçar a vacinação”.

“Aquilo que é absolutamente urgente neste momento é garantir que essa vacinação é acelerada o mais rapidamente possível”, pediu.

Outra das ideias defendidas pelos bloquistas para combater a pandemia é a necessidade de aumentar o número de profissionais de saúde.

“Responder à pandemia passa também e essencialmente por reforçar o número de profissionais de saúde e não sobrecarregar os mesmos de sempre”, defendeu.

PCP diz ser preciso "enorme esforço" para acelerar vacinação até ao Natal

O dirigente comunista Bernardino Soares considerou hoje que o país está em “contrarrelógio” para impedir que a pandemia piore e que isso vai requerer um “enorme esforço” para acelerar os processos de vacinação até ao Natal.

“É preciso neste mês que se segue, até ao período do Natal, fazer um enorme esforço para acelerar a vacinação. Diria que estamos em contrarrelógio, uma luta contra o tempo, para podermos chegar a um momento mais crítico, no final de dezembro, janeiro e fevereiro com o reforço da vacinação já feito”, elaborou o membro do Comité Central do PCP.

A vacinação contra a gripe também vai desempenhar um papel importante para evitar um crescimento no número de internamentos, sustentou Bernardino Soares, “mas isso não se faz por decreto e não se faz não reforçando os meios que estão no terreno”.

Por isso, o dirigente comunista exortou para “medidas imediatas” que reforcem “os meios para os centros de vacinação, para os centros de saúde e também alguns hospitais”, assim como as unidades de saúde pública, que com o aumento do número de infeções “brevemente vão deixar de conseguir fazer todos os inquéritos epidemiológicos”.

Não reforçar estes meios enunciados pelo PCP vai impedir Portugal de “atingir o objetivo de uma cobertura vacinal adequada reforçada antes do Natal”, que o que garante que não se chega “às linhas vermelhas”.

PEV quer manter de regras sanitárias e mais fiscalização em locais de trabalho

O PEV sustentou hoje que as medidas de proteção têm de continuar a ser aplicadas em espaços fechados e apelou a uma maior fiscalização para assegurar que os locais de trabalho respeitam as regras sanitárias.

“Percebemos que as medidas de proteção têm de continuar a ser implementadas, sobretudo nos espaços fechados, e, para isso, é necessário que os locais de trabalho estejam arejados, é necessário que as pessoas utilizem máscaras”, referiu a deputada ecologista Mariana Silva, no final de uma reunião entre epidemiologistas, especialistas em saúde pública, os partidos com representação no parlamento, Governo e Presidente da República, sobre a evolução da pandemia.

No final desta reunião no Infarmed, em Lisboa, a dirigente do Partido Ecologista “Os Verdes” disse “que é necessário também fiscalizar os locais de trabalho e perceber se todas as regras sanitárias estão a ser corretamente aplicadas.

O mesmo aplica-se, acrescentou, em locais de ensino e nos transportes públicos, que o PEV considerou que deveriam ser reforçados nesta altura, para as pessoas “poderem usá-los em segurança”.

Mariana Silva referiu ainda que a reunião permitiu perceber que a vacinação impediu mais mortes e internamentos provocados pela covid-19, mas advertiu que é preciso reforçar os profissionais de saúde que estão a braços com a vacinação de reforço e a da gripe.

IL diz que Governo tem responsabilidade de garantir vacinação célere

A Iniciativa Liberal apontou hoje responsabilidade ao Governo “para garantir um processo de vacinação célere e atempado” e quer atenção para as doenças não covid, pedindo ao executivo que evite uma gestão da pandemia “com base em ciclos políticos”.

No final da reunião no Infarmed, em Lisboa, que juntou hoje especialistas e políticos para analisar a evolução da pandemia de covid-19, a dirigente da Iniciativa Liberal Carla Castro criticou a ideia de Portugal “importar medo e realidades de outros países que não corresponde” á situação nacional.

“É bastante evidente - e nunca descurando o papel de cada um na sua responsabilidade – que há claramente uma responsabilidade enorme do lado do Governo para garantir um processo de vacinação célere e atempado”, afirmou.

A liberal deixou um “último apelo” a um executivo com quem sabe que “não é fácil” falar “sobre racionalidade, boa gestão, dados ou uma gestão com base em ciência”.

“Há um limite: não façam uma gestão com base em ciclos políticos”, pediu.

Carla Castro avisou ainda que não é apenas o plano de vacinação que importa controlar já que “o não covid não pode ser descurado”.

Sobre as restrições, os liberais recusam “ouvir falar das escolas fechadas, das grávidas sem acompanhantes de idosos sem visitas, de parques fechados”.

“Queremos falar de condições adequadas para continuarmos a viver as nossas vidas, as nossas vidas sociais, a nossa saúde mental, a nossa a atividade. As restrições não são forma de gerir nem a política nem a nossa vida”, apontou.

CDS-PP espera não ter de “lamentar uma vez mais a reação tardia do Governo”

O CDS-PP afastou hoje a possibilidade de um novo confinamento da população para controlar a pandemia e pediu um reforço da vacinação, esperando que não seja necessário “lamentar uma vez mais a reação tardia do Governo”.

“Na reunião de hoje ficámos a perceber que não há comparação possível entre o cenário que estamos a viver e os cenários do passado que justificaram confinamentos ou medidas restritivas da vida social e económica do país”, afirmou a porta-voz do CDS-PP.

Cecília Anacoreta Correia falava aos jornalistas no final da reunião de avaliação sobre a situação da pandemia em Portugal, que junta especialistas e políticos na sede do Infarmed, em Lisboa.

A dirigente centrista salientou também que os “portugueses estão a fazer aquilo que lhes compete e que é mais importante, que é aderir à vacinação” e apontou que “a responsabilidade por preparar a época de Natal e os meses de janeiro e fevereiro é essencialmente do Governo”.

Notando que o responsável pelo Núcleo de Coordenação do Plano de Vacinação, coronel Carlos Penha-Gonçalves, apontou que “é necessário reprogramar o plano de vacinação para garantir a aceleração até ao Natal” bem como “reforçar a estrutura”, Cecília Anacoreta Correia defendeu que isso “são competências que apenas o Governo pode desenvolver” e não “responsabilidade da população portuguesa”.

“Esperamos que no Natal não estejamos a lamentar uma vez mais a reação tardia do Governo”, salientou.

A porta-voz do CDS-PP considerou ainda “fundamental que os serviços públicos desconfinem e reforcem até os horários de atendimento ao público”, indicando que “continua a ser muito difícil obter-se uma certidão, um cartão de cidadão, um passaporte”.

“E isto porque o Estado teima em desconfinar e tem sido um enorme entrave à recuperação da vida de todos nós”, criticou.

A dirigente centrista defendeu ainda que “é fundamental tratar da saúde dos portugueses”, o que na sua opinião “não passa por reforçar a capacidade necessariamente do sistema público, mas sim por articular as valências do setor privado e social”.

Salientando a proposta que o CDS apelidou de “via verde saúde”, para que os cidadãos tivessem acesso a consultas e exames nos setores privado e social, Cecília Anacoreta Correia considerou que “faz todo o sentido que ela seja adotada”, sobretudo estando a chegar o inverno, altura que “é normal” o “colapso do SNS”.

PAN diz que é hora de “antecipar e não de reagir ou correr atrás do prejuízo”

O PAN defendeu hoje que é altura de “antecipar e não de reagir ou de correr atrás do prejuízo” no que toca à pandemia, porque o momento de agir “é agora”, e alertou para a importância da testagem.

Num vídeo divulgado no final da reunião de avaliação sobre a situação da pandemia em Portugal, que junta especialistas e políticos na sede do Infarmed, em Lisboa, a líder parlamentar do PAN afirmou que no encontro “foi dito claramente que o momento de agir é agora”.

“E esta tem sido uma mensagem reiterada pelo PAN, no sentido de se planear, de se antecipar e não de reagir ou de correr atrás do prejuízo”, defendeu Bebiana Cunha, pedindo ao Governo que “tome aquelas que são as diligências necessárias no sentido de planear, de prevenir, de antecipar”.

Bebiana Cunha alertou também para a “importância da testagem, a importância do rastreamento”, apontando que “para isso são necessários profissionais no terreno”.

Nesse aspeto, propôs que, “no âmbito daquilo que é o certificado digital”, possa “ser incluída uma função que informa sobre o último teste covid, qual o resultado que a pessoa teve no último teste”, defendendo que isso “será importante na gestão de todo este processo”.

A deputada do partido Pessoas-Animais-Natureza defendeu também “a importância da comunicação”, considerando “fundamental que o Governo passe as mensagens da forma mais adequada possível”, nomeadamente no que toca à vacinação.

“É importante que se explique e que se passe uma mensagem concreta no que diz respeito à taxa de efetividade das vacinas”, salientou.

O PAN defendeu hoje que é altura de “antecipar e não de reagir ou de correr atrás do prejuízo” no que toca à pandemia, porque o momento de agir “é agora”, e alertou para a importância da testagem.

Num vídeo divulgado no final da reunião de avaliação sobre a situação da pandemia em Portugal, que junta especialistas e políticos na sede do Infarmed, em Lisboa, a líder parlamentar do PAN afirmou que no encontro “foi dito claramente que o momento de agir é agora”.

“E esta tem sido uma mensagem reiterada pelo PAN, no sentido de se planear, de se antecipar e não de reagir ou de correr atrás do prejuízo”, defendeu Bebiana Cunha, pedindo ao Governo que “tome aquelas que são as diligências necessárias no sentido de planear, de prevenir, de antecipar”.

Bebiana Cunha alertou também para a “importância da testagem, a importância do rastreamento”, apontando que “para isso são necessários profissionais no terreno”.

Nesse aspeto, propôs que, “no âmbito daquilo que é o certificado digital”, possa “ser incluída uma função que informa sobre o último teste covid, qual o resultado que a pessoa teve no último teste”, defendendo que isso “será importante na gestão de todo este processo”.

A deputada do partido Pessoas-Animais-Natureza defendeu também “a importância da comunicação”, considerando “fundamental que o Governo passe as mensagens da forma mais adequada possível”, nomeadamente no que toca à vacinação.

“É importante que se explique e que se passe uma mensagem concreta no que diz respeito à taxa de efetividade das vacinas”, salientou.

Chega compreende a necessidade de medidas “pontuais e cirúrgicas”

líder do Chega afirmou hoje que o partido compreende a necessidade de medidas “pontuais e cirúrgicas”, mas rejeitando quaisquer restrições de horários de estabelecimentos ou de mobilidade das pessoas, bem como regressos ao estado de emergência.

Num vídeo enviado à comunicação social, André Ventura disse que o Chega acompanhou a reunião dos especialistas e políticos sobre a evolução da pandemia de covid-19 que decorreu no Infarmed, em Lisboa, e admitiu que a situação “está hoje mais complicada que há um ou dois meses atrás”, o que considerou natural devido à proximidade do Inverno.

“É preciso compreender e dar uma mensagem ao país de que estamos numa situação muito diferente de há um ano atrás. O Chega entende e compreende a necessidade de medidas pontuais que previnam o aumento, a escalada do número de internamentos e de infeções".

Para Ventura, neste momento apenas devem estar em cima da mesa medidas como o “eventual reforço do uso de máscara” - mas que não deve ser alargado nem a todos os locais nem à via pública, como chegou a admitir o Presidente da República -, bem como pelo “reforço da testagem à população e as campanhas de prevenção”