Numa nota hoje enviada à Lusa, o município refere que a maioria dos infetados são funcionários das instituições.

"Dos 3.111 testados em 54 lares, existem já resultados laboratoriais para 2.620 utentes e funcionários de 45 lares. 28 desses testes foram inconclusivos e serão repetidos e 29 testaram positivo, sendo 20 funcionários e apenas 9 idosos", adianta a autarquia liderada por Rui Moreira.

O município refere ainda que 15 idosos foram transferidos para a Pousada da Juventude.

Estas pessoas não estão infetadas, tendo sido deslocadas para o centro de acolhimento montado no local para utentes de lares que "deixaram de ter capacidade para os acolher, por terem sido detetados casos entre a sua população e por daí ter resultado incapacidade funcional da estrutura".

Cinco desses idosos foram esta manhã encaminhados para esse espaço de retaguarda.

A Câmara do Porto explica que o programa municipal de rastreio "engloba todos os lares e residências coletivas públicas ou privadas do concelho do Porto e é único a nível nacional".

O objetivo é testar toda a população idosa institucionalizada na cidade, incluindo também todos os funcionários e cuidadores.

"Ao teste positivo de um deles, é promovida a sua segregação, com a orientação da autoridade de saúde local", pormenoriza a autarquia.

Disponíveis estão cinco mil testes PCR, doados pela Fundação Fosun e pela Gestifute.

O rastreio, que "deve ficar completo esta semana", está a ser aproveitado pelos Agrupamentos de Centros de Saúde para ações de formação nos lares, no sentido de melhor de protegerem da pandemia causada pelo novo coronavírus, mas o município diz que a maioria estava preparada.

"Os resultados demonstram que a maioria dos lares do Porto estavam bem estruturados e tinham tomado medidas de contingência e confinamento adequadas, o que tem deixado os promotores do programa muito satisfeitos", realça a Câmara do Porto, na nota hoje divulgada.

A Câmara do Porto acrescenta não estarem incluídos nos números divulgados intervenções pontuais levadas a cabo em lares da cidade, onde já se tinham registado casos positivos.

"Este programa, único a nível nacional, e sem grande paralelo a nível internacional, cumpre as recomendações da Organização Mundial de Saúde e segue as práticas de maior sucesso no Oriente e numa localidade de Itália, com grande sucesso", frisa a Câmara Municipal do Porto.

O intuito é, entre a população mais fragilizada, que regista taxas de letalidade mais elevadas, "testar, separar, tratar e cuidar".

O trabalho resulta de uma parceria entre a autarquia, que disponibilizou os testes, o Hospital de São João, onde estão localizados os laboratórios, centros de saúde, responsáveis pela recolha das amostras, e várias entidades que apoiam a montagem de estruturas de retaguarda especializadas.

A Câmara do Porto sublinha que depois de, no sábado, ter solicitado à Administração Regional de Saúde do Norte os números desagregados do município, "aquela entidade reportou após algumas horas os dados estatísticos, importantes para que a autarquia possa cumprir eficazmente com os vários despachos e a legislação que lhe recomendam e impõem competências no contexto da atual crise pandémica".

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registam-se 504 mortos, mais 34 do que no sábado (+7,2%), e 16.585 casos de infeção confirmados, o que representa um aumento de 598 em relação a sexta-feira (+3,7%).

Dos infetados, 1.177 estão internados, 228 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 277 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde 19 de março e até ao final do dia 17 de abril.

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