Os eleitos reuniram-se hoje às 14:00 (hora de Lisboa, 09:00 em Washington, D.C.) e, segundo avança a agência de notícias Associated Press (AP), tentaram, sem sucesso, aprovar por unanimidade uma mudança no projeto de lei que foi aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Representantes na segunda-feira.
Em concreto, os democratas queriam aumentar os pagamentos diretos que milhões de contribuintes receberão de 600 para 2.000 dólares, depois de o presidente cessante, Donald Trump, ter considerado o plano “uma desgraça” e ter exigido aquele aumento na terça-feira, indo contra a posição do seu partido.
O plano de estímulo à economia, para apoiar a recuperação à crise causada pela pandemia do novo coronavírus, tem como pontos mais marcantes o pagamento de 600 dólares (cerca de 492 euros) a todos os norte-americanos com rendimentos inferiores a 75.000 dólares (cerca de 62.000 euros) por ano e subsídios de desemprego de 300 dólares (cerca de 246 euros) por semana.
Paradoxalmente, Trump e os Democratas concordam em relação ao aumento dos pagamentos diretos, mas os Republicanos no Congresso opõem-se.
Os Democratas aproveitaram a divisão entre o Presidente e os líderes Republicanos no Congresso para pedir mais ajuda direta aos norte-americanos.
"Hoje, na manhã da véspera de Natal, os Republicanos na Câmara dos Representantes cruelmente deixaram o povo americano sem os 2.000 dólares que o Presidente concordou em apoiar", disse a presidente da Câmara, a Democrata Nancy Pelosi, em comunicado.
O pacote de emergência foi incluído num outro mais amplo de gastos federais, conhecido como ‘omnibus’, para financiar a administração até setembro de 2021, num valor total de 2,3 biliões de dólares (1,8 biliões de euros).
No entanto, a entrada em vigor daquelas medidas está dependente da ratificação do presidente cessante, Donald Trump, que já ameaçou não o fazer.
Se Trump não assinar o programa antes do final da próxima segunda-feira, os recursos para o Governo acabam e pode ter de fechar parcialmente (‘shutdown’ do Governo) a partir de 29 de dezembro, o que não acontece há dois anos.
No sábado, terminam os subsídios de desemprego para 14 milhões de americanos e, no final deste mês, expira uma regra que evitou que 30 milhões de pessoas fossem despejadas das suas casas.
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