“Como temos muitas pessoas que fazem parte de um grupo de risco, é importante que sejam vacinadas”, disse à agência de notícias francesa AFP Taïssia Souvorova, responsável da ONG Notchlejka, organização que ajuda pessoas sem-abrigo em São Petersburgo.

Realizada em cooperação com as autoridades locais, a vacinação das pessoas sem-abrigo vai abranger, por enquanto, apenas algumas dezenas de pessoas, as que estão alojadas na ONG, indicou a mesma fonte.

Segundo dados oficiais, São Petersburgo, antiga capital imperial com cerca de cinco milhões de habitantes, tem cerca de 15.000 pessoas sem-abrigo.

Para a organização local Notchlejka, esse dado está subestimado e o número de pessoas sem-abrigo é pelo menos o dobro.

As primeiras pessoas a serem vacinadas, entre as quais cidadãos com deficiência, compareceu hoje à tarde num hospital no centro de São Petersburgo, constatou uma jornalista da AFP.

“As pessoas estão a dizer coisas controversas sobre esta vacina, mas acredito que tem mais benefícios do que coisas negativas”, disse Galina Ivanovna, de 57 anos, após receber a primeira dose, manifestando-se “muito feliz” de poder ser vacinada contra a covid-19.

O companheiro de Galina Ivanovna, Alexandre Suvorov, de 60 anos, confidenciou que estava também feliz com a vacinação, pois "a situação com o coronavírus é complicada".

Em Moscovo, uma iniciativa semelhante foi lançada recentemente por uma ONG local que ajuda as pessoas sem-abrigo, com o apoio das autoridades locais.

A Rússia registou em agosto a sua primeira vacina contra o novo coronavírus, desenvolvida pelo centro de pesquisas Gamaleïa, em colaboração com o Ministério da Defesa da Rússia.

Em janeiro, a Rússia lançou oficialmente uma campanha de vacinação massiva com esta vacina chamada Sputnik V, em referência ao primeiro satélite soviético, na esperança de conter a propagação da epidemia sem voltara a impor o confinamento nacional.

A segunda vacina russa EpiVacCorona foi autorizada em outubro.

No sábado, o país anunciou o registo da sua terceira vacina, designada Kovivak.

Desde o início da pandemia da covid-19 e até o momento, a Rússia registou oficialmente mais de 4,16 milhões de casos do novo coronavírus, incluindo 83.293 mortes.

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