“Fazemos um apelo para que o estado de exceção ou de emergência ou de contingência que seja decretado sirva para disponibilizar as máscaras que neste momento não estão a ser necessárias em muitas áreas da indústria”, disse à agência Lusa o presidente do SIM, Jorge Roque da Cunha.
Segundo o dirigente sindical e médico, “há milhares de máscaras que neste momento fariam falta aos médicos que estão na linha da frente, nomeadamente aqueles que vão necessitar de entubar os doentes e que tenham contacto direto com eles”.
O apelo do SIM é para que a sociedade civil disponibilize neste “momento de emergência” essas máscaras aos centros de saúde e hospitais, para serem distribuídas pelos serviços de anestesia, de medicina interna.
Caso isso não seja possível, Roque da Cunha defende que seja o Governo a fazer “essa requisição para disponibilizar essas máscaras aos profissionais de saúde que neste momento, na esmagadora maioria dos locais, continuam sem as condições mínimas de proteção”.
O secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, reiterou hoje que o Estado está a tentar todos os dias comprar mais máscaras e equipamentos de proteção, reafirmando que até ao fim da semana haverá “dois milhões de máscaras” distribuídas nos hospitais e mais de 150 mil equipamentos de proteção individual”.
“A partir da próxima semana, este ‘stock’ será reforçado”, garantiu.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos confirmados de Covid-19 para 642, mais 194 do que na terça-feira. O número de mortos no país subiu para dois.
Dos casos confirmados, 553 estão a recuperar em casa e 89 estão internados, 20 dos quais em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI).
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.200 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 82.500 recuperaram da doença.
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