“Estamos neste momento a acionar o mecanismo de permitir que mais operadores estejam disponíveis na linha e com possibilidade de emitir prescrição de testes” de rastreio à covid-19, adiantou Marta Temido, em entrevista à TVI.
Questionada se a Linha SNS 24 vai conseguir responder a uma maior procura por parte da população, a ministra afirmou que se está “a trabalhar para conseguir dar a melhor resposta”.
“Mas a melhor resposta não depende só de uma parte deste anel de pessoas que contribui para que a infeção seja controlada, depende de todos”, cada um tem de “fazer o mais possível a sua parte”, apelou.
A ministra disse esperar que “haja uma boa compreensão” de que o país está “novamente perante uma situação de incerteza” e afirmou que foi nesse sentido que se anteciparam medidas que entram em vigor às 00:00 de dia 25 de dezembro.
Marta Temido disse ainda que não se imaginava ter 50% de prevalência de variante Ómicron esta semana em Portugal e na terça-feira já atingia os 46%.
“Estimávamos que a nossa situação evoluísse em paralelo com a da Dinamarca e do Reino Unido e isso está a acontecer. Antecipámos, portanto, que iríamos ter mais casos e estamos a dar nota que hoje já o registámos e que nos próximos dias haverá uma intensificação e, portanto, o apelo é que cada um faça a sua parte”, insistiu.
A ministra da Saúde salientou ainda que “não há cenários que se possam afastar num contexto de incerteza” como o que se vive atualmente, em reposta a uma pergunta se as medidas podem ser agravadas ainda antes do final do ano.
“Isso é algo que compreendemos há muito tempo, desejamos que seja possível manter estas medidas, com a ajuda de todos”, reiterou.
Apelou ainda à responsabilidade individual e à vacinação daqueles que já estão em condições de ser vacinados para permitir controlar a situação, para não voltar “a ter ruturas nos serviços de saúde que naturalmente vão por força deste número de casos que está a aumentar e a ter mais procura em termos de linhas de contacto em termos de prescrição de testes, em termos de inquéritos e epidemiológicos”.
“Desejamos que esse impacto não se reflita nos hospitais, mas depende de cada um de nós”, rematou Marta Temido.
O Governo decretou na terça-feira o teletrabalho obrigatório, o encerramento de discotecas e bares (com apoios às empresas), o fecho de creches e ATL (com apoio à família) e a exigência de teste negativo obrigatório para acesso a estabelecimentos turísticos e alojamento local, eventos empresariais, casamentos e batizados; espetáculos culturais; recintos desportivos.
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