Pedro Soares dos Santos, presidente do Conselho de Administração do grupo Jerónimo Martins, garantiu que “não vão faltar bens essenciais, na maioria”, ainda que admita falhas pontuais.

“Há muita gente a trabalhar, muitos heróis, para garantir que este sobressalto não nos atinge de forma mais violenta”, assegurou, no final da audiência com o Presidente da República.

Cláudia Azevedo, presidente da Comissão Executiva da Sonae, indicou, por sua vez, que para a empresa “os pequenos produtores são muito importantes”, recordando a iniciativa do clube de produtores do Continente.

A empresária acredita no relançamento da economia em maio, mas ressalvou que é importante que as pessoas se “sintam seguras em estar nas lojas. Temos que relançar a economia, mas salvaguardar a saúde”, salientou.

Pedro Soares dos Santos disse ainda que não receia “o futuro”, reconhecendo que será necessário “dar uns passos atrás”, mas garantiu que conhece os portugueses e que "isto vai criar uma união".

“Fomos afetados e houve uma alteração profunda no modo de operar e sair desta crise, e isso vai acontecer a todos os níveis”, adiantou.

Quanto à distribuição de dividendos, Soares dos Santos deixou a questão em aberto, salientando que o tema ainda está a ser debatido.

Já Cláudia Azevedo lembrou que há uma proposta a submeter à assembleia-geral da Sonae para a distribuição de dividendos, mas deixou a decisão final aos “acionistas” do grupo e não à gestão.