“A situação é difícil mas possuímos os meios de a enfrentar no plano médico e financeiro”, garantiu a Presidente suíça, Simonetta Sommaruga, em conferência de imprensa.

O primeiro caso da Codiv-19 foi detetado no final de fevereiro no cantão de Tessin, junto à fronteira com a Itália, o país mais atingido na Europa. Em menos de 20 das, mais de 1.125 pessoas foram contaminadas na Suíça pelo coronavírus e sete morreram.

A Suíça, que não é membro da União Europeia mas integra o espaço Schengen, decidiu hoje reintroduzir “com efeito imediato e caso a caso, controlos Schengen em todas as suas fronteiras”.

Em simultâneo, a entrada na Suíça a partir da Itália apenas será autorizada “aos cidadãos suíços, às pessoas que tenham autorização de residência na Suíça e às que viajem para a Suíça por motivos profissionais”.

O trânsito e transporte de mercadorias permanecem autorizados.

“Não existe motivo para ter medo, a situação é séria mas sabemos como responder da melhor forma”, indicou o ministro da Saúde, Alain Berset, em conferência de imprensa que decorreu em Berna, a capital federal.

“As medidas decididas esta manhã apenas serão eficazes se forem aplicadas por todos”, acrescentou.

Perante a rápida propagação do novo coronavírus, presente na quase totalidade dos 26 cantões do país, a Suíça adotou medidas para favorecer o “distanciamento social”.

Neste âmbito, até ao final de abril estão proibidas concentrações com mais de 100 pessoas. Esta regra é também válida para locais de lazer, museus, centros desportivos, piscinas e estâncias de esqui.

Os restaurantes, bares e discotecas não poderão acolher em simultâneo mais de 50 clientes.

As escolas também não poderão dar aulas diretamente aos alunos até 04 de abril, uma medida já aplicada em diversos países europeus. No entanto, o Governo pediu aos pais para não deixarem os seus filhos com os avós para evitar riscos aos mais idosos.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.000 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 134 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

A China registou nas últimas 24 horas oito novos casos de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), o número mais baixo desde que iniciou a contagem diária, em janeiro.

Até à meia-noite de quinta-feira (16:00 horas de quarta-feira, em Lisboa), o número de mortos na China continental, que exclui Macau e Hong Kong, subiu para 3.176, após terem sido contabilizadas mais sete vítimas fatais. No total, o país soma 80.813 infetados.

A Comissão Nacional de Saúde informou que até à data 64.111 pessoas receberam alta após terem superado a doença.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 15.000 infetados e pelo menos 1.016 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.