“O teste ao senhor Harirtchi, que esteve na linha da frente no combate ao coronavírus deu positivo”, anunciou na rede social Twitter Alireza Vahabzadeh, conselheiro de imprensa do Ministério da Saúde.
Iraj Harirtchi, que integra o governo reformista e moderado liderado pelo Presidente Hassan Rohani, envolveu-se segunda-feira numa polémica com um deputado ultraconservador a propósito do número de mortos provocados no país pelo novo coronavírus.
A polémica nasceu no dia em que o governo anunciou que o total de novos casos confirmado do surto era de 61, entre os quais havia a registar 12 mortos.
Este total foi contestado em declarações à imprensa pelo deputado ultraconservador Ahmad Amirabadi Farahani, eleito pela província de Qom, em cuja capital, a cidade santa com o mesmo nome, foram referenciados, em 19 de fevereiro, os primeiros casos mortais do novo coronavírus.
Ahmad Amirabadi Farahani revelou à imprensa, à margem deu uma reunião do parlamento à porta fechada para debater a situação epidemiológica no país, que o número de mortos se elevava a 50 na cidade santa, situada 140 quilómetros a sul de Teerão.
Nas mesmas declarações, o deputado acusava o Ministério da Saúde de “mentir ao povo”.
O Ministério da Saúde negou horas depois “categoricamente” os números referidos por Farahani, reafirmando que até ao momento só estavam registadas 12 mortes em todo o país.
“Nego categoricamente essa informação” disse à imprensa Iraj Harirtchi sobre a informação avançada pelo deputado.
“Peço ao nosso irmão que declara esse número de 50 mortos que nos forneça a lista dos respetivos nomes. Se os mortos em Qom forem metade ou um quarto desse número, demito-me”, assegurou então o vice-ministro da Saúde.
“Comprometemo-nos a ser transparentes na publicação dos números. Anunciaremos todos os números relativos às mortes no conjunto do país”, disse por seu lado o porta-voz do governo, Ali Rabii.
As autoridades iranianas anunciaram hoje que o número de mortos no país é agora de 15, de entre 95 casos confirmados.
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