O desembarque ocorre depois de o Ministério da Saúde do Camboja informar hoje que as análises de deteção do coronavírus feitas aos 781 passageiros do cruzeiro Westerdam deram resultado negativo.
Fontes da Holland America Line, empresa proprietária do navio, indicaram à agência de notícias Efe que estão a organizar o transporte e os voos para repatriar os passageiros.
Os passageiros que ainda permaneciam no navio foram transportados de autocarro para a capital, enquanto o navio Westerdam partirá com a tripulação para as Filipinas, explicaram as autoridades cambojanas, segundo o portal oficial Fresh News.
O navio de cruzeiro Westerdam, que saiu a 01 de fevereiro de Hong Kong, chegou na passada quinta-feira ao porto de Sihanoukville, no Camboja, depois de a Tailândia, Japão, Taiwan, Filipinas e Guam negarem o desembarque face ao risco de algum viajante ser portador do vírus.
As autoridades autorizaram o desembarque de 1.455 passageiros, a maioria norte-americanos, britânicos e holandeses, mas também de países como Argentina (cinco), Brasil (cinco), Chile (três), Equador (cinco), Espanha (sete) e México (cinco).
Várias centenas de pessoas desembarcaram no mesmo dia e regressaram aos seus países, um processo que foi suspenso no sábado depois de uma passageira dos Estados Unidos ter apresentado análises positivas ao Covid-19 quando se encontrava na Malásia, onde continua hospitalizada, em estado considerado estável.
Logo depois, a Malásia e a Tailândia anunciaram que não iam autorizar a entrada de passageiros do Westerdam, enquanto vários países de origem puseram em marcha mecanismos para acompanhar os repatriados.
A Holland America Line defendeu a posição de iniciar a repatriação de passageiros, ao garantir ter tomado “precauções relevantes”, incluindo exames médicos antes de chegar ao Camboja e do desembarque, reiterando que durante a viagem não se detetou qualquer indício do Covid-19.
O coronavírus Covid-19, que apareceu no final de 2019, em Wuhan, capital da província chinesa de Hubei (centro) causou 2.004 mortos na China continental e mais de 74 mil infetados em todo o mundo.
Fora da China, há a registar dois mortos em Hong Kong, um morto nas Filipinas, um no Japão, um em França e um em Taiwan.
As autoridades chinesas isolaram várias cidades da província de Hubei, no centro do país, para tentar controlar a epidemia, medida que abrange cerca de 60 milhões de pessoas.
Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), há 45 casos confirmados na União Europeia e no Reino Unido.
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