As autoridades intensificaram a sua presença no centro da segunda maior cidade do país, que está confinada desde agosto por um ressurgimento do vírus, na sequência de uma marcha violenta na segunda-feira e da detenção no dia anterior de cerca de 60 pessoas durante outra manifestação.
Cerca de 300 pessoas reuniram-se hoje em redor do Santuário da Memória no centro de Melbourne, segundo estimativas iniciais das autoridades, em comparação com os milhares que tomaram as ruas no início da semana.
Desde cedo, a polícia tomou medidas preventivas contra grupos de manifestantes e deteve pessoas que não apresentavam razões suficientes para justificar a sua presença nas ruas, de acordo com o canal ABC.
Alguns dos manifestantes resistiram à detenção e provocaram pequenas altercações junto das autoridades, noticiaram os meios de comunicação social.
As marchas foram convocadas pelo terceiro dia consecutivo pelos sindicatos de trabalhadores da construção sobre o requisito de ser vacinado contra a covid-19 a fim de obter um emprego na indústria.
No entanto, representantes da União da Construção, Silvicultura, Marinha, Minas e Energia (CFMEU) afirmam que grupos de extrema-direita se infiltraram nas manifestações e são responsáveis pela violência contra as autoridades na segunda e na terça-feira.
Os motins de segunda-feira entre a polícia e os manifestantes levaram as autoridades a encerrar os trabalhos de construção em Melbourne durante duas semanas.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, que está nos Estados Unidos para participar na Assembleia-Geral da ONU, disse estar “muito preocupado” com o “comportamento inaceitável” durante os protestos e disse que as medidas tinham sido eficazes para travar a propagação do vírus.
O estado de Vitória, cuja capital é Melbourne e que começará a desconfinar progressivamente até ao final de outubro, quando 70% da sua população tiver a vacinação completa, relatou hoje 628 novos casos.
A covid-19 provocou pelo menos 4.696.559 mortes em todo o mundo, entre mais de 229,01 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
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