Numa nota publicada no seu website oficial, a Universidade do Porto anunciou que decorrerá "a suspensão de todas as atividades letivas presenciais" neste estabelecimento de ensino, tendo esta medida "efeitos a partir de 12 de março de 2020 e por tempo indeterminado".
Para salvaguardar a continuação do programa letivo, a instituição disse que vai fazer a "implementação pelas faculdades, com caráter de urgência, dos meios de ensino à distância tal como previsto no Plano de Contingência da Universidade do Porto".
Para além de suprimir as aulas presenciais, a Universidade do Porto vai ainda proceder à "suspensão do funcionamento de bibliotecas e salas de estudo" e à "suspensão de eventos e atividades desportivas e culturais" nas suas instalações.
A continuar abertas ao público vão estar a "rede de residências e cantinas universitárias dos Serviços de Ação Social da Universidade do Porto, de forma a garantir o apoio indispensável aos estudantes e colaboradores da Universidade do Porto".
A Universidade do Porto justifica estas medidas devido ao "rápido evoluir da situação" ao "clima crescente de dúvida e alarme social instalado que inviabiliza o normal prosseguimento das atividades letivas", considerando ainda que "sempre pautou a sua atuação no combate à propagação da COVID-19 pelas recomendações e determinações das autoridades de saúde locais e nacionais".
Esta medida foi tomada depois das instalações partilhadas do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP) já terem sido encerradas devido uma a aluna “com ligação direta a um outro caso externo à Universidade do Porto, que havia sido diagnosticado após o regresso de uma viagem a Itália”, esclareceu a universidade.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou hoje a doença Covid-19 como pandemia.
A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde atualizou hoje o número de infetados, que registou o maior aumento num dia (18), ao passar de 41 para 59.
A região Norte continua a registar o maior número de casos confirmados (36), seguida da Grande Lisboa (17) e das regiões Centro e do Algarve (três cada).
As medidas já adotadas em Portugal para conter a pandemia incluem, entre outras, a suspensão das ligações aéreas com a Itália, a suspensão ou condicionamento de visitas a hospitais, lares e prisões, e a realização de jogos de futebol sem público.
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