A presidente da Comissão Europeia anunciou hoje um novo contrato para comprar até 1,8 mil milhões de doses de vacinas contra a covid-19 da BioNTech-Pfizer, até 2023.

"A Comissão acaba de aprovar um contrato para 900 milhões de doses, mais 900 milhões opcionais, com a BioNTech e a Pfizer", anunciou Von der Leyen na rede social Twitter, acrescentando que “outros contratos e outras tecnologias de vacinas virão".

O contrato com os laboratórios alemão e americano, aliados na produção de vacinas anti-covid-19, prevê entregas a partir deste ano e até 2023.

O novo contrato, que tem o aval dos Estados-membros da União Europeia, implicará não só a produção das vacinas, mas também a garantia de que todos os componentes essenciais devem ser provenientes da UE.

“A vacinação avança bem” na Europa, afirmou Ursula von der Leyen, citada pela Associated Press (AP), acrescentando que a UE prepara agora “uma nova etapa da resposta” à pandemia de covid-19.

As novas doses permitirão, nomeadamente, proteger a população contra novas variantes do novo coronavírus, mas também vacinar crianças e adolescentes.

O contrato anunciado hoje é o terceiro celebrado entre a UE e a aliança germano-americana.

De acordo com a agência France-Presse, a Comissão Europeia tem atualmente uma carteira de 2,3 mil milhões de doses de vacinas de várias empresas.

A Comissão, que negocia em nome dos 27 Estados-membros, assinou com a BioNTech e a Pfizer um primeiro contrato, em novembro, para um total de 300 milhões de doses da vacina.

Bruxelas assinou um segundo contrato em 08 de janeiro, também para 300 milhões de doses (incluindo 100 milhões opcionais).

No total, a UE recebeu 67 milhões de doses da vacina BioNTech-Pfizer no primeiro trimestre, e espera receber mais 250 milhões no segundo trimestre.

Espera-se que cerca de 280 milhões de doses sejam distribuídas no segundo semestre do ano.

A UE recorre às chamadas vacinas de RNA mensageiro, como as da BionTech-Pfizer e da American Moderna, uma tecnologia inovadora e considerada mais eficaz contra as chamadas variantes "sul-africana" e "brasileira".

A vacina da AstraZeneca, que usa tecnologia mais tradicional, sofreu graves atrasos na entrega, o que levou a UE a entrar com uma ação legal contra o laboratório sueco-britânico. Casos raros de trombose associada à sua inoculação também levaram à restrição de seu uso.

*com Agência Lusa