A notícia, avançada inicialmente pela TVI24, foi confirmada pelo SAPO24 com a Junta de Freguesia de Santa Bárbara de Nexe.
A mãe do menino que frequenta o Jardim de Infância “A Joaninha” fazia parte de um grupo em observação pela autoridade de saúde, por apresentar “uma sintomatologia ligeira”, tendo testado positivo na sexta-feira, revelou à Lusa Ana Cristina Guerreiro, delegada de Saúde do Algarve.
Segundo aquela responsável, o menino e o pai “foram testados no sábado, tendo apenas o resultado da criança sido positivo”, sublinhou, acrescentando que as 18 crianças e funcionários que tiveram contacto mais próximo com o menino “vão ser testados” e que todas as crianças e funcionários “foram colocados de quarentena” por 14 dias.
O menino infetado frequenta a creche na freguesia de Santa Bárbara de Nexe, no concelho de Faro, mas a família reside na freguesia vizinha de Almancil, já no concelho de Loulé.
Antes da reabertura do equipamento, “serão testados todos os funcionários, poupando as crianças de tenra idade a um teste horrível”, frisou Ana Cristina Guerreiro.
Tal como indicam as orientações da Direção Geral de Saúde, “o equipamento terá de ser alvo de uma correta higienização sem produtos especiais”, indicou.
Os pais das crianças colocadas em quarentena “têm o direito legal de as acompanhar”, referiu a delegada de saúde, notando que “também os irmão deverão ficar em isolamento profilática”.
Este é o primeiro caso detetado no Algarve em creches e jardins-de-infância após a indicação de abertura por parte do Governo, na sequência do seu encerramento, em meados de março.
Os estabelecimentos de educação pré-escolar reabriram a 1 de junho com novas regras, à semelhança das creches e escolas secundárias, depois de terem sido encerradas em 16 de março devido à pandemia de covid-19.
Ontem, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, admitiu haver reportes de situações individuais de covid-19 em escolas e creches, mas disse que estas têm sido alvo de uma “intervenção muito rápida” das autoridades de saúde.
“Até agora, a situação de abertura de estabelecimentos escolares, incluindo as creches, tem sido enfim pacífica do ponto de vista de casos”, afirmou Graça Freitas na conferência de imprensa diária de atualização de informação relativa à infeção pelo novo coronavírus SARS-Cov-2, que provoca a covid-19.
Segundo Graça Freitas, identificam-se casos isolados, atua-se em conformidade e não se têm verificado cadeias de transmissão.
“Temos tido reporte de situações individuais. Um caso numa escola, numa turma, por exemplo, seja de um aluno seja de um educador e isso tem levado a uma intervenção muito rápida das autoridades de saúde com uma indicação muito clara neste momento: em meninos mais crescidos vai a turma toda para casa, ficam em isolamento”, explicou.
Além da turma, são feitos testes a todos os contactos próximos que possam existir, adiantou a diretora-geral da Saúde.
Relativamente aos “meninos muito pequeninos das creches”, Graça Freitas disse que não são testados, a não ser que desenvolvam sintomas, mas também ficam em isolamento 14 dias.
“Até agora a retoma em meio de creche em meio escolar está a ser, enfim, dentro do que é esperado, uma vez que o vírus ainda circula na comunidade e, portanto, vamos ter casos esporádicos, ou não, e, portanto, a situação é normal neste momento”, rematou Graça Freitas.
(Notícia atualizada às 12h59)
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