No total, o número de crimes de ódio relatado pelas agências de forças de segurança ao FBI (a polícia federal dos EUA) aumentou 6,7%, de 5.479 em 2014 para 5.850 no ano passado.
O relatório do FBI abrange 2015, que inclui os ataques terroristas em São Bernardino, Califórnia, bem como o apelo de Donald Trump, eleito Presidente dos EUA na semana passada, a uma proibição de entrada de muçulmanos no país.
Ainda não é claro se Trump vai de facto implementar essa proibição, agora que venceu as eleições. No entanto, analistas consideram que essa promessa contribuiu para acicatar um sentimento anti-muçulmanos.
“Vimos como palavras de figuras públicas como Donald Trump se traduzem em violência”, disse Mark Potok, do Southern Poverty Law Center, que monitoriza grupos de ódio nos Estados Unidos, citado pela agência de notícias AP.
No ano passado, foram reportados 257 incidentes de preconceito contra muçulmanos, em comparação com 154 no ano anterior, um aumento de 67%. O número de crimes de ódio contra muçulmanos sofreu um pico de 481 em 2001.
Ibrahim Hooper, porta-voz do Council on American-Islamic Relations, afirmou não estar surpreendido por ver um aumento elevado em 2015 e disse esperar que a tendência se mantenha.
“Vimos um pico de incidentes anti-muçulmanos em todo o país a começar no final de 2015. Esse pico continua até hoje e até acelerou depois da eleição do Presidente Trump”, disse.
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