"Naturalmente isto faz-se em diálogo e com trabalho junto do Governo, por isso, o CDS apresentará no parlamento um projeto de resolução nesse sentido, olhando para esta obra e também para outras obras em todo o país, aliás, antecipando aquilo que foi o repto do senhor primeiro-ministro em matéria de obras", defendeu Assunção Cristas.
A candidata da coligação "Pela Nossa Lisboa" (CDS-PP/MPT/PPM) e líder centrista falava na apresentação do seu programa eleitoral, garantindo que, "enquanto presidente da Câmara de Lisboa", vai dar "prioridade absoluta" ao plano de expansão do metro que divulgou em maio e que prevê 20 novas estações até 2030.
"Aquilo que nós propomos para a cidade é uma visão de médio e longo prazo para a mobilidade e isso passa por olhar para o metro como alguma coisa que vai crescendo sem se perceber qual é a estratégia, mas como algo que vai crescendo com princípio, meio e fim", argumentou, na apresentação do programa, que decorreu no Fórum Lisboa, o antigo cinema Roma.
Assunção Cristas sublinhou que o plano de expansão do metro elaborado pelo CDS e incluído no programa eleitoral a Lisboa prevê uma "redução de 30% de emissões de CO2".
"Creio que, no Governo, o senhor ministro do Ambiente deve ser o principal defensor desta medida", disse.
Sobre as tensões entre alojamento local turístico e habitação convencional, a candidata do CDS defendeu que a Câmara já dispõe de ferramentas para intervir que não tem usado, como as obras coercivas e o direito de preferência.
"Em relação às questões específicas do alojamento local, o que já propusemos no parlamento e continuaremos a propor, é um melhor regime fiscal e que estimule e que favoreça o arrendamento de longa duração, convencional. Já o fizemos nos dois últimos orçamentos do Estado, infelizmente foi chumbado pelo PS e pelas esquerdas", declarou.
Assunção Cristas salientou que, contudo, "já existem mecanismos na lei, através do regulamento de condóminos aprovado e registado no Registo Predial, que permitem introduzir limitações" ao alojamento local.
Sublinhando que "o alojamento local tem sido um motor para reavivar zonas da cidade que estavam abandonadas, que estavam mortas e muito degradadas, que não tinham, muitas vezes, ninguém a morar", Cristas argumentou que, se atualmente essas zonas são mais apetecíveis, a autarquia tem de ter "políticas adequadas" para que haja "mais habitação permanente nessas zonas".
"Uma das ferramentas que também pode e deve ser usada, passa por, em certas freguesias, políticas ao nível do Plano Diretor Municipal, que introduzam quotas obrigatórias entre as várias utilizações possíveis, a parte habitacional, de alojamento local ou hoteleira", defendeu.
Para a candidata e líder centrista, "é possível, através de ferramentas existentes, fazer bastante mais do que tem sido feito até agora".
Além de Assunção Cristas, são candidatos à presidência da Câmara de Lisboa o atual presidente, Fernando Medina (PS), Teresa Leal Coelho (PSD), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (independente apoiado pelo PDR e JPP), António Arruda (PURP) e José Pinto-Coelho (PNR).
As eleições autárquicas estão marcadas para 1 de outubro.
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