Segundo o The Guardian, foi celebrada missa no passado domingo, 10 de janeiro — dia em que a Igreja celebrou o Batismo de Cristo —, no local onde se acredita que Jesus foi batizado. O local, nas margens do rio Jordão, recebe uma celebração pela primeira vez em mais de meio século.
O local estava proibido desde a Guerra dos Seis Dias, travada entre Israel e alguns dos seus vizinhos árabes, em 1967. Devido ao conflito, igrejas e mosteiros da área foram abandonados e as forças israelitas acabaram por colocar minas nos locais. Em abril de 2020 terminou o trabalho que estava em curso para limpar estes espaços — e devolvê-los ao culto.
A missa de domingo foi celebrada na capela de São João Batista, que está marcada por buracos de balas. "Depois de todo este tempo voltámos”, referiu o padre franciscano Ibrahim Faltas, um dos responsáveis pela Ordem que cuida dos locais sagrados na região. "Para nós, este é um sinal para não perdermos a esperança, para não perdermos a esperança da paz", acrescentou.
A igreja precisa de mais obras de restauro, mas os buracos das bala vão ficar, uma vez que marcam a "história do lugar, não se pode cancelar essas coisas" — e acabará por fazer "parte da experiência dos peregrinos".
O local junto ao Jordão é muito visitado por ser uma zona associada à vida de Jesus. Os visitantes têm permissão para entrar no local de batismo, à beira do rio, desde 2011 — mas são obrigados a andar num caminho estreito cercado por um campo minado.
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