Numa resposta enviada à Lusa, fonte do Ministério das Infraestruturas e Habitação acrescentou que foi retirado do navio um tripulante que necessitava de cuidados de saúde.

A mesma fonte explicou que o navio Marella Explorer II – cujo armador é britânico e tem bandeira de Malta - saiu das Bermudas (território britânico) “só com tripulantes”.

“O navio não tinha falta de combustível e não se apresentava nenhuma razão humanitária para a sua acostagem em Portugal. Ainda assim, tal como a Autoridade Regional dos Açores referiu, foi retirado pela Força Aérea Portuguesa um dos tripulantes que necessitava de cuidados médicos, não devido à covid-19, sem que o navio tenha acostado em território nacional”, pode ler-se.

A Autoridade de Saúde dos Açores (ASA) avançou na segunda-feira ter recebido um pedido de acostagem de um navio de cruzeiros com suspeitos de infeção pelo novo coronavírus a bordo, informando estar a acompanhar a situação em articulação com as autoridades nacionais.

Segundo Tiago Lopes, responsável da ASA, foi feita a retirada de um passageiro desse navio, “por outra situação clínica”, não devido à covid-19, e “que foi solicitada ao abrigo das relações internacionais”.

“Esse paciente já está a ser acompanhado”, acrescentou.

O Ministério das Infraestruturas avança que, de acordo com a ultima informação, “o Explorer II já se encontra fora de águas portuguesas”.

O organismo refere ainda que, segundo o despacho conjunto do Ministério da Administração Interna, Ministério da Saúde e Ministério das Infraestruturas e Habitação, as escalas de navios de cruzeiro no Porto de Lisboa durante o período de pandemia “encontram-se limitadas a operações de abastecimento e manutenção”.

Segundo a nota do ministério, “situações pontuais, como a do navio MSC Fantasia, que envolvam movimentação de tripulações e passageiros estão sujeitas à análise, autorização prévia e acompanhamento das autoridades de saúde”.

Em 24 de março saíram e foram repatriados 1.015 passageiros do navio de cruzeiro MSC Fantasia que transportava um total de 1.338 passageiros, dos quais 20 eram cidadãos portugueses e sete com autorização de residência em Portugal e que se encontrava atracado no terminal de cruzeiros do porto de Lisboa.

Ainda segundo o Ministério e de acordo com informação da Administração do Porto de Lisboa, escalaram no Porto de Lisboa durante o período de pandemia para realização de operações de abastecimento e/ou manutenção, seis navios.

“As operações de desembarque de passageiros e/ou tripulantes ocorreram unicamente com o navio MSC Fantasia”, refere a nota.

No mesmo período, e de acordo com a resposta enviada pelo ministério, o navio Marella Celebration foi “autorizado excecionalmente” pelas autoridades de saúde a acostar no porto de Lisboa “para proceder ao desembarque de uma passageira que sofrera um acidente a bordo e do seu marido, não envolvendo este caso qualquer situação relacionada com covid-19”.