José Oliveira, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), disse à agência Lusa que se trata de "um despedimento encapotado, que os trabalhadores não irão aceitar".

"A empresa quer despedir trabalhadores quando faltam trabalhadores em vários setores, mas nós vamos denunciar isto amanhã, numa conferência de imprensa, e vamos pedir reuniões ao Governo, aos grupos parlamentares e ao regulador do setor, a ANACOM, para lhes dizer que está a ser sacrificada a qualidade do serviço prestado pelos CTT", afirmou José Oliveira.

Fonte oficial dos CTT disse à Lusa que a empresa iniciou "um processo de otimização de recursos humanos" e confirmou que, nesse âmbito, iniciou "um processo de negociação de rescisões por mútuo acordo com menos de uma centena de colaboradores dos cerca de 12.000 que integram os quadros dos CTT".

Segundo a mesma fonte, o processo de negociação abrange maioritariamente trabalhadores dos serviços centrais da empresa e um pequeno número de trabalhadores colocados nos serviços operacionais, mas que não se encontram a executar tarefas operacionais.

"O processo de otimização não se aplica, portanto, a nenhum colaborador que esteja presentemente a desempenhar funções operacionais", assegurou a mesma fonte.

José Oliveira disse à Lusa que os trabalhadores convidados a rescindir são sobretudo pessoas com problemas de saúde que os impedem de fazer esforços, como tendinites, mas que podem trabalhar nos centros de distribuição de correspondência ou nas lojas dos CTT, ao abrigo da figura da requalificação, prevista no Acordo de Empresa.

O sindicalista disse ainda que não tem conhecimento de nenhum trabalhador que pretenda aceitar a rescisão contratual.

De acordo com fonte oficial dos CTT, o processo de rescisões, "a concretizar-se com cada um dos colaboradores é por mútuo acordo".

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