No ano passado, o cultivo sofreu uma diminuição, a primeira desde 2009, devido principalmente à seca, mas aumentou na última década, alimentando a insurgência dos talibãs e uma crise crescente de dependência apesar dos dispendiosos programas antidroga liderados pelos Estados Unidos.
Elevados níveis de cultivo este ano têm consequências diretas na produção total de ópio que aumentou 43%, de acordo com os dados divulgados pela Agência das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC, na sigla em inglês), que atribuiu o maior rendimento a condições meteorológicas favoráveis.
“O cultivo aumentou 10% este ano comparativamente ao mesmo período de 2015 — de 183.000 hectares para 201.000 hectares”, complementou, por seu lado, o ministro afegão, que tem essa tutela, Salamat Azimi, numa conferência conjunta com a ONU.
As autoridades também elencam a queda do apoio internacional e a crescente insegurança como as principais razões para o aumento do cultivo do ópio, o principal ‘ingrediente’ da heroína.
O tráfico internacional de droga a partir do Afeganistão — o maior produtor mundial de ópio — beneficia diretamente os talibãs que cobram regularmente taxas aos agricultores para financiar a sua insurgência contra o Governo e as forças da NATO.
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