“Se houver algum ‘terrorista’ (combatente curdo) que tenha ficado para trás vai ser neutralizado”, frisou Cavusoglu em declarações à agência Anadolu.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia disse ainda que o acordo com a Rússia vai manter-se em vigor até que seja encontrada uma solução política para a Síria.
As zonas junto à fronteira vão ser administradas localmente, sobretudo por sírios, acrescentou Cavusoglu.
O ministro especificou que na cidade síria de Qamishli não vão verificar-se operações de patrulhamento conjunto devido à forte presença das forças leais a Damasco.
Para a diplomacia de Ancara, o acordo alcançado na terça-feira, na Rússia, pode permitir o regresso dos refugiados da Síria que se encontram na Turquia.
Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros referiu que os acordos com a Rússia e os Estados Unidos legitimam a recente incursão militar.
“Os dois maiores países do mundo (Estados Unidos e Rússia) legitimaram a operação “Fonte de Paz”, da Turquia contra o nordeste da Síria.
A declaração de Cavusoglu surge depois de o Ministério da Defesa turco anunciar, na terça-feira, que a Turquia “não tem necessidade” de retomar a sua ofensiva contra as forças curdas no norte da Síria, que se retiraram das zonas fronteiriças, anunciou na noite de terça-feira o Ministério da Defesa turco.
“Neste ponto, não existe necessidade de desencadear uma nova operação”, anunciou o ministério em comunicado.
A Turquia lançou a 09 de outubro uma ofensiva no norte da Síria, batizada de “Fonte de paz”, que visava as milícias curdas da Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla original), considerada terrorista pelo Governo de Ankara.
Depois de um acordo alcançado pelo vice-Presidente norte-americano Mike Pence, Ancara aceitou a 17 de outubro suspender a sua ofensiva durante cinco dias, um prazo que terminava na terça-feira às 20:00 de Lisboa.
O acordo previa a criação de uma “zona de segurança” de 32 quilómetros de distância da fronteira.
“Ao final de um período de 120 horas, os Estados Unidos anunciaram que a retirada das YPG da zona foi alcançada”, precisou o ministério turco.
Os presidentes russo e turco, Vladimir Putin e Recep Tayyip Erdogan, respetivamente, chegaram entretanto a um acordo para controlar a fronteira entre a Turquia e a Síria, promovendo patrulhas conjuntas.
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