Jacob Zuma anunciou a saída da presidência sul-africana com efeitos imediatos esta quarta-feira, 14 de fevereiro. Agora, apenas horas depois, o parlamento confirma Cyril Ramaphosa, de 65 anos, como o novo presidente da África do Sul.

Ramaphosa é líder do Congresso Nacional Africano (ANC), o partido no poder, desde dezembro do ano passado, em substituição de Zuma. Durante a pré-campanha e a campanha para a liderança do ANC, o então vice-presidente fez do combate à corrupção governamental uma das suas prioridades, a par do crescimento económico.

Jacob Zuma, que segurava o poder desde 2009, enfrenta acusações de corrupção e favorecimento indevido de empresários de quem é amigo, em prejuízo da economia sul-africana. Na segunda-feira, o partido deu a Zuma 48 horas para se demitir, o que acabou por acontecer ontem.

Há um ano que a impopularidade do chefe de Estado não cessa de aumentar, devido sobretudo à demissão do respeitado ministro das Finanças Pravin Gordhan, em março de 2016, criticada dentro do próprio partido e que levou milhares a manifestarem-se nas ruas para exigir a renúncia de Zuma.