No seguimento campanha de sensibilização #NãoFiqueÀEspera, a Altice Portugal, através da sua marca, MEO, lança uma nova iniciativa de sensibilização contra a violência doméstica, a campanha “Dê a cara por quem não pode”.
De acordo com o comunicado enviado às redações, devido ao isolamento social imposto como forma de combater a Covid-19, as vítimas de violência doméstica ficaram mais expostas “a situações de tensão” e tal tem-se refletido no número de casos, que “têm vindo a agravar-se”.
Assim, em parceria com a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP), a Altice e a MEO, através desta campanha, apela aos “familiares, amigos ou vizinhos”, ou seja, a quem pertence ao ciclo próximo das vítimas, para que não fique em silêncio e dê “a voz a quem não pode fazer por si próprio”.
De acordo com o Presidente da APAV, João Lázaro, o confinamento criou um novo desafio que passa por “fazer mais e melhor” pelas vítimas de violência doméstica. E foi nesse sentido — o de “incentivar a participação cívica de todos/as e alertar para a urgência de uma sociedade sem violência” — que a associação se uniu mais uma vez à Altice numa campanha de sensibilização.
Numa altura de "aparente tranquilidade", esta campanha é, na opinião de João Lázaro, "completamente certeira", já que visa "não silenciar" a comunidade que apoia a vítima — que, na sua grande maioria, são "mulheres", mas também "idosos e crianças", relembrou o presidente da APAV.
João Lázaro lembrou que a APAV dispõe de uma linha de apoio à vítima, 116 006, e salientou que as suas instituições já estão a iniciar o processo de retoma de atividade, sendo que a reabertura de todas as unidades está em processo e só ficará finalizada a 15 de maio.
Os crimes de violência doméstica são maioritariamente praticados por aqueles que são mais próximos, ou seja, “pais, filhos ou cônjuges” e, para que o isolamento não dificultasse o acesso às vítimas, a PSP também teve de reinventar a sua atuação.
Tal não só se traduziu no apoio a esta campanha, mas também no reforço dos contactos diretos e na criação do endereço de email violenciadomestica@psp.pt, que, de acordo com o subintendente da PSP, Hugo Guinote, não "é só para vítimas".
Durante a apresentação desta campanha, transmitida em direto na página de Faceboook da MEO, o Tenente-General relembrou que a violência doméstica é um crime público e por isso pode ser denunciado por qualquer pessoa. Assim, apelou para que quem suspeite de algum caso de violência, denuncie e deixe o resto para a PSP: "Nós faremos discretamente o nosso trabalho", garantiu.
Sendo a violência doméstica uma “preocupação prioritária”, a GNR também decidiu fazer parte desta iniciativa.
A violência doméstica é "um tema que a todos nós diz respeito e ao qual ninguém pode ficar indiferente", salientou o Presidente Executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca.
Esta campanha conta com a participação de caras bem conhecidas, como Miguel Oliveira, Frederico Morais, Carolina Deslandes, Jéssica Silva, João Sousa, Armindo Araújo, Bárbara Tinoco e Ercília Machado — embaixadores da MEO, que dão a cara e a voz pelas vítimas.
A campanha, sob o mote "Humaniza-te, diz não à violência doméstica", foi lançado hoje e irá passar em diferentes meios: rádio, televisão, imprensa e digital.
#NãoFiquesaÀEspera foi a última campanha de sensibilização relativa à violência doméstica, promovida pela Altice e decorreu no dia 30 de outubro de 2019, onde homens e mulheres foram para a rua, para se fazer um minuto de barulho em homenagem às mais de 30 vítimas, que até àquela data, morreram no silêncio.
Hoje, dia 11 de maio, com a campanha "Dê a cara por quem não pode” o pedido volta a ser o mesmo: não ficar em silêncio.
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