O Nobel da Paz é o único concedido em Oslo, capital da Noruega, e da lista candidatos apenas se sabe o número, de acordo com o Instituto Nobel: 318, sendo que 211 são indivíduos e 107 são organizações.

"Como não existe um favorito absoluto, (…) acredito que o prémio pode ir para uma organização que proteja jornalistas, ou para jornalistas de campo", disse Henrik Urdal, Diretor do Instituto de Investigação para a Paz de Oslo (PRIO).

"Durante conflitos, é muito importante que os jornalistas contribuam para dar informações sobre o que aconteceu, tanto para estabelecer responsabilidade para os lados opostos, como para informar o resto do mundo, para que os líderes possam avaliar a situação e considerar medidas", explicou.

Já referenciadas em anos anteriores, são também este ano apontadas como possíveis vencedoras duas ONG’s: Repórteres Sem Fronteiras (RSF), de França, e o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), proveniente dos Estados Unidos da América.

Num campo diferente, com apenas 17 anos, Greta Thunberg, conhecida pelo ativismo relacionado com o tema das alterações climáticas, apresenta-se novamente como um nome forte.

No ano passado, a jovem sueca era dada como uma das favoritas, mas o prémio acabou por ser atribuído ao primeiro-ministro etíope Abiy Ahmed, pelos seus esforços para alcançar a cooperação internacional com os acordos de paz e de reaproximação com a Eritreia.

Depois da paquistanesa Malala, em 2014, a escandinava pode ser a segunda mais jovem de sempre a ser laureada com o Nobel. 

Por outro lado, e tendo em conta o atual momento de pandemia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) também se apresenta como uma das favoritas nos sites de apostas online.

Este prémio, que seria o 12º da história a ser relacionado com as Nações Unidas, poderia representar uma forma de louvor ao multilateralismo conseguido no combate à Covid-19.

No entanto, a mesma instituição foi também criticada por uma alegada lentidão no processo de resposta à doença – o que poderá causar um entrave à sua nomeação.

Outros nomes e candidaturas presumidas que circulam em Oslo serão: a ONG “Transparência Internacional”; o presidente norte-americano Donald Trump; a chanceler alemã Angela Merkel; a política afegã Fawzi Koofi (primeira mulher no cargo de Vice-Presidente do Parlamento do Afeganistão); o Programa Mundial de Alimentos (PMA); a própria Organização das Nações Unidas (ONU) e o seu secretário-geral, o português António Guterres.

Para além destes, circulam outros nomes como: o povo de Hong Kong; a Organização do tratado do Atlântico Norte (NATO); o líder indígena brasileiro, conhecido pela proteção da floresta Amazónica, Raoni Metukire; o trio Julian Assange, Edward Snowden e Chelsea Manning; e a dupla grega e macedónia dos ex-primeiros-ministros Alexis Tsipras e Zoran Zaev.