Estes são os nomes que têm vindo a ser cogitados:

  • Kamala Harris

Parece ser a escolha óbvia. A vice-presidente Kamala Harris, que tem-se mantido próxima do Salão Oval desde a posse de Biden, em janeiro de 2021, estaria bem posicionada para ser a candidata do Partido Democrata.

Filha de pai jamaicano e mãe indiana, Harris, de 59 anos, é uma pioneira: foi a primeira pessoa negra e a primeira mulher a ocupar o cargo de procuradora-geral da Califórnia, e em seguida, tornou-se a primeira senadora dos Estados Unidos com ascendência sul-asiática.

Agora, é a primeira mulher e primeira pessoa negra vice-presidente dos EUA.

Durante a sua carreira como procuradora, Harris obteve a fama de ser dura — um traço que poderia usar como vantagem numa campanha que dever-se-á concentrar no crime e na imigração.

Alguns democratas progressistas, contudo, foram críticos às suas punições estritas contra autores de crimes menores, afirmando que afetam de forma desproporcional as minorias. Além disso, Harris também tem um índice de aprovação sofrível, o que poderia levar os democratas a procurar outra solução.

  • Gavin Newsom

Não há regra que preveja que o companheiro de corrida automaticamente substitua o candidato à Presidência caso este desista de concorrer. É por isso que o nome do governador da Califórnia, Gavin Newsom, tem vindo a ser mencionado.

O democrata de 56 anos, ex-mayor de San Francisco, está ao leme do chamado Estado Dourado — o mais populoso dos Estados Unidos — há cinco anos, e tornou-o num refúgio do acesso ao aborto.

Até agora, Newsom tem apoiado firmemente Biden e rejeitado as especulações de que poderia substituí-lo, afirmando após o desempenho sofrível do presidente no debate contra Donald Trump na semana passada que tais "conversas" são "inúteis para a nossa democracia".

Mas Newsom também não faz segredo das suas próprias ambições presidenciais. Nos últimos meses, intensificou as suas viagens internacionais, divulgou diversos anúncios promovendo os seus feitos e investiu milhões de dólares num comité de ação política, alimentando a especulação de que irá candidatar-se em 2028. Então, porque é que não o faria em 2024?

  • Gretchen Whitmer

Outra possível candidata democrata é Gretchen Whitmer, de 52 anos, governadora de Michigan. O seu estado tem tanto uma forte população da classe trabalhadora quanto comunidades importantes de afro-americanos e árabe-americanos, todos grupos-chave de eleitores que Biden tem vindo a tentar cortejar.

Whitmer, crítica feroz de Trump, talvez seja mais conhecida por ter sido o alvo pretendido de um complot de sequestro orquestrado por uma milícia de extrema-direita.

Michigan será um dos estados decisivos nas eleições de 5 de novembro — um forte argumento, segundo os seus apoiantes, para nomeá-la candidata.

Whitmer tem negado as especulações sobre a sua candidatura, afirmando, nesta segunda-feira, que estava "orgulhosa em apoiar Joe Biden como nosso candidato"."Eu apoio-o a 100% na luta para derrotar Donald Trump," disse.

  • Josh Shapiro

O governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, lidera o maior "swing state" nas eleições de novembro.

Com 51 anos, Shapiro — que foi eleito em novembro de 2022 com uma vitória convincente sobre um adversário conservador e foi empossado no início de 2023 — tinha antes sido eleito duas vezes como procurador-geral do estado.

Shapiro condenou os sacerdotes católicos que tinham abusado sexualmente de milhares de crianças e processou a farmacêutica Purdue Pharma, fabricante do poderoso opioide analgésico OxyContin.

Shapiro é um orador eficaz e um centrista declarado, qualidades que podem impulsioná-lo a tentar o mais alto cargo executivo do país.

  • Outros nomes

Outros nomes veiculadis incluem os dos governadores de Illinois, JB Pritzker; de Maryland, Wes Moore; e de Kentucky, Andy Beshear, mas as suas hipóteses parecem até agora limitadas.

A senadora Amy Klobuchar e o secretário dos Transportes, Pete Buttigieg, que enfrentaram Biden nas primárias de 2020, também têm sido mencionados.