“Será que os portugueses sabem que quanto mais água gastam, mais lixo pagam?”, questiona a associação de defesa do consumidor, que relança hoje uma campanha pela alteração da taxa, reclamação que já vem de há três anos.

A DECO argumenta que a gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU), que continua na mesma “na maioria dos municípios”, penaliza os cidadãos “ambientalmente mais responsáveis” e não incentiva a reciclagem ou a redução de resíduos.

A culpa, sustenta, é de não haver qualquer obrigatoriedade de mudar o modelo atual, aliada à “falta de verbas da esmagadora maioria das autarquias”, que contam com as taxas para se financiarem.

A taxa é calculada em função dos metros cúbicos de água consumidos, mas a DECO salienta que isso “não tem nenhum tipo de correlação com o desperdício de cada agregado familiar nem valoriza quem recicla os seus resíduos”.

“Lixo não é água” é o mote da campanha, em que se defende o princípio “poluidor-pagador”, ou seja, que quem produz mais resíduos pague mais de taxa de RSU.

A DECO quer que seja o Parlamento a alterar o modelo de cobrança e a garantir que a nova regra seja aplicada.