A polémica em torno da indemnização no valor de 500 mi euros de Alexandra Reis teve um impacto direto na liderança de Christine Ourmières-Widener, despedida na sequência da pressão pública e política sobre a TAP. As críticas relativas à gestão da empresa, especialmente no que diz respeito à utilização de dinheiro público, foram o primeiro sinal da queda de Widener, que deixaria o cargo em março de 2023.
A informação de que Christine Ourmières-Widener foi afastada da presidência da Air Caraïbes e da French Bee foi avançada pelo jornal francês “L´Echo Touristique”, que refere que “o grupo Dubreuil e a sua diretora-geral Christine Ourmières-Widener decidiram separar-se”, citando um comunicado da empresa que detém a Air Caraïbes e a French Bee, de 21 de janeiro.
A saída de Christine Ourmières-Widener foi uma decisão de Paul-Henri Dubreuil, diretor-geral do grupo familiar da Vendeia. De acordo com o L´Echo, no centro da questão estão "demasiadas despesas, poucas receitas", pondo em causa a gestão de Widener.
Os accionistas relatam ainda uma sequência de maus resultados das companhias, aos quais se somam a degradação da Air Caraïbes em termos de pontualidade e de eficácia do serviço ao cliente, com uma perda de 56 lugares num ano.
Christine Ourmières-Widener tem em curso um processo contra a TAP, que exige uma indemnização de 5,9 milhões de euros face à acusação da influência de decisões políticas no processo do seu despedimento.
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