Nos seres humanos modernos, esses genes são afetados em desordens genéticas associadas a problemas neurológicos, lê-se no estudo científico publicado hoje no boletim Cell.
"Esta é uma família de genes que existe há centenas de milhões de anos na história da evolução e sabe-se que têm papéis importantes no desenvolvimento dos embriões. Descobrir que os humanos possuem um novo membro dessa família que tem a ver com o crescimento do cérebro é muito emocionante", afirmou o principal autor do estudo, David Haussler, professor de engenharia biomolecular e diretor do Instituto de Genómica da Universidade da Califórnia Santa Cruz.
Os novos genes descobertos são conhecidos como genes Notch e foram descobertos pela primeira vez em moscas da fruta.
"Uma das características que distingue os humanos é o cérebro maior e desenvolvimento tardio do cérebro e agora estamos a ver mecanismos moleculares que suportam esta tendência evolucionária numa fase inicial do desenvolvimento cerebral", afirmou Sofie Salama, investigadora da mesma instituição.
Assinalou que estes genes são apenas um de muitos fatores que contribuem para o desenvolvimento do córtex dos seres humanos e que o facto de estarem associados a problemas de desenvolvimento os torna especialmente interessantes.
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