“O plano apresenta a boa notícia da abertura das creches, pré-escolar e escolas do primeiro ciclo para a semana. É um muro derrubado. Faltam outros (…) Para a Iniciativa Liberal, todas as escolas deveriam estar abertas, com a devida testagem massiva, nomeadamente aos profissionais que lá trabalham”, defendeu o partido, numa posição oficial enviada à Lusa.
Para a IL, partido que tem um deputado no parlamento, o presidente João Cotrim Figueiredo, o plano apresentado na quinta-feira pelo primeiro-ministro “é não só tardio, como continua a ter demasiados muros restritivos das liberdades dos cidadãos e que continuam a causar danos sociais e económicos”.
“Muitos empresários portugueses continuam também a ser impedidos de trabalhar, embora tenham agora uma pequena luz ao fundo do túnel que, como todos sabemos, não paga contas”, critica o partido.
Para a Iniciativa Liberal, “o desconfinamento deve ser mais célere”, acompanhado de um aumento da testagem massiva no país.
“Continua também por derrubar o muro da proibição do desporto, sobretudo os individuais e ao ar livre, o que não tem qualquer fundamento científico e prejudica gravemente a saúde física e mental dos portugueses”, aponta ainda a IL.
O partido considera também urgente que o Governo apresente “o plano para testagem de anticorpos, de forma a aferir os níveis de imunidade de grupo do país, sem falhar no plano de vacinação”.
“É na conjugação destes planos, na eficácia da sua implementação, que poderemos derrubar os muros que causam danos sociais e económicos”, considera a IL.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou na quinta-feira o plano de desconfinamento, que disse ser “a conta-gotas", e que prevê a abertura na próxima segunda-feira de creches, ensino pré-escolar e escolas do primeiro ciclo de ensino e as atividades de tempos livres (ATL) para as mesmas idades, sendo reaberto ainda o comércio ao postigo e estabelecimentos de estética como cabeleireiros.
O plano prevê novas fases de reabertura a 05 e 19 de abril e a 03 de maio, mas as medidas podem ser revistas sempre que Portugal ultrapassar os "120 novos casos por dia por 100 mil habitantes a 14 dias" ou que o índice de transmissibilidade (Rt) do vírus SARS-CoV-2 ultrapasse 1.
A deslocação entre concelhos para a generalidade da população continua interdita nos dois próximos fins de semana e na semana da Páscoa (26 de março a 05 de abril), e o dever de recolhimento domiciliário vigora até à Páscoa.
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