Segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), em novembro havia mais 7.598 desempregados inscritos do que no mês anterior e menos 49.161 do que em novembro de 2021.
Ao longo do mês de novembro, inscreveram-se nos serviços de emprego de todo o país 54.348 desempregados, mais 7.206 (+15,3%) do que no mesmo mês de 2021, e 3.768 (+7,4%) do que em outubro.
De acordo com o instituto, “para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2021, na variação absoluta, contribuíram, com destaque, os grupos dos indivíduos que possuem idade igual ou superior a 25 anos (-44.018), os que procuram novo emprego (-45.681) e os inscritos há 12 meses ou mais (-50.516)”.
Quanto ao desemprego jovem (pessoas com menos de 25 anos), registou um aumento em cadeia de 1,2% em novembro (+380 jovens) e uma diminuição de 13,5% (-5.143 jovens) face ao período homólogo.
A nível regional, no mês de novembro, o desemprego registado no país, em termos homólogos, diminuiu em todas as regiões, com destaque para a região autónoma da Madeira (-33,3%) e da região do Algarve (-18,0%).
Em relação ao mês anterior, as regiões dividiram-se entre decréscimos (três) e acréscimos (quatro) no desemprego, sendo a maior variação na região do Algarve (+62,7%).
A nível setorial, registaram-se descidas homólogas em todas as atividades económicas, tendo-se as variações mais significativas verificado, por ordem decrescente, na ‘indústria do couro e dos produtos do couro’ (-27,9%), ‘fabrico veículos automóveis, componentes e outro equipamento de transporte’ (-24,4%) e ‘indústrias do papel, impressão e reprodução’ (-21,6%).
Em novembro, 121.402 estavam desempregados há mais de um ano, menos 29,4% que em igual mês de 2019 (-50.516 pessoas), e -1,3% que em outubro (-1.598).
Já os inscritos há menos de um ano totalizavam 175.321, tendo-se observado aumentos em cadeia de 5,5% (+ 9.196) e homólogos de 0,8% (+1.355).
Os grupos profissionais mais representativos dos desempregados registados no Continente eram em novembro os ‘trabalhadores não qualificados’ (26,6%), ‘trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção de segurança e vendedores’ (20,5%), ‘pessoal administrativo’ (11,5%) e ‘especialistas das atividades intelectuais e científicas’ (11,0%).
Quanto às ofertas de emprego por satisfazer, no final de novembro totalizavam 15.934, nos serviços de emprego de todo o país, número que corresponde a uma diminuição anual (-5.892; -27,0%) e face ao mês anterior (-1.606; -9,2%) das ofertas em ficheiro.
Já as ofertas de emprego recebidas em novembro totalizaram 8.761 em todo o país, um número inferior em 2.810 às recebidas no mês homólogo (-24,3%) e em 768 às do mês anterior (-8,1%).
As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês (sendo que neste caso o IEFP considera apenas os dados relativos ao Continente) foram as ‘atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio’ (17,8%), o ‘comércio por grosso e a retalho’ (14,2%) e a ‘administração pública, educação, atividades de saúde e apoio social’ (10,4%).
As colocações realizadas durante o mês de novembro totalizaram 6.392 em todo o país, um número inferior ao verificado em igual período de 2021 (-1.224; -16,1%) e ao mês anterior (-364; -5,4%).
A análise das colocações efetuadas, por grupos de profissões (dados do Continente), mostra uma maior concentração nos ‘trabalhadores dos serviços pessoais, de proteção e segurança e vendedores’ (20,6%), nos ‘trabalhadores não qualificados’ (20,4%), e nos ‘trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices’ (12,0%).
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