No despacho, a que a agência Lusa teve acesso, o “Ministério da Saúde fica autorizado a desenvolver procedimento concursal simplificado” para contratos de trabalho em funções públicas por tempo indeterminado para 110 médicos de família.
Mantêm-se ainda por abrir os concursos para mais de 700 médicos recém-especialistas da área hospitalar que concluíram a especialidade há cerca de 10 meses, o que tem sido alvo de contestação por parte de sindicatos médicos e da Ordem que representa estes profissionais.
“Face à premência de que se reveste a contratação de médicos na área profissional de medicina geral e familiar, nomeadamente, os que concluíram a respetiva formação médica especializada na 2.ª época de avaliação final do internato médico de 2017, (…) entende-se que devem desde já ser criadas as condições que permitam o recrutamento dos médicos especialistas aqui em causa”, refere o diploma conjunto dos ministros da Saúde e das Finanças, que será hoje publicado em Diário da República.
Na semana passada, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes tinha afirmado publicamente que tinha já assinado o despacho para a contratação destes 110 médicos de medicina geral e familiar.
No início deste mês, um grupo de médicos recém-especializados em medicina geral e familiar que aguardava pela sua colocação há cerca de quatro meses escreveu uma carta aberta ao ministro a protestar contra a demora na abertura dos concursos.
Um outro grupo de médicos, recém-especialistas na área hospitalar e de saúde pública, começou esta semana a enviar também cartas abertas a contestar o atraso na abertura dos concursos, depois de terem terminado a sua especialidade há quase 10 meses.
São mais de 700 médicos nesta situação e que contam com o apoio da Ordem dos Médicos, que considera este atraso como “uma vergonha e um drama nacional”, tendo em conta os utentes que aguardam por consultas hospitalares e por cirurgias.
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