“Este ano, houve a deteção de 16 ‘drones’ a iniciar o voo ou a voar (…), sendo que cinco deles se encontravam em infração, uma vez que o espaço aéreo se encontrava interdito, tendo sido levantado o auto de contraordenação [e] será comunicado à entidade administrativa competente”, disse à agência Lusa, o capitão Joao Lourenço, relações públicas da GNR.

Segundo este responsável, os ‘drones’ foram apreendidos às pessoas que pretendiam colocar estes equipamentos aéreos não tripulados sem a devida autorização.

O capitão, que falava à Lusa pelas 14:00, ressalvou que o dispositivo de segurança montado por ocasião da primeira grande peregrinação do ano ao Santuário de Fátima termina no domingo, mas que, neste momento, o balanço é positivo.

“A operação tem estado a decorrer dentro daquilo que é expectável”, adiantou, referindo que na sexta-feira “houve um grande fluxo de pessoas”, estimadas em 220 mil.

No âmbito da criminalidade, o capitão realçou a ausência de registo de furtos.

“Um evento desta natureza, com um número de pessoas concentrado tão significativo, destaco o facto de não temos qualquer registo de furtos”, adiantou o relações públicas, sustentando que “isto é fruto também de um trabalho feito” no âmbito da prevenção da criminalidade.

Por outro lado, adiantou que a GNR referenciou “apenas um falso mendigo” (o ano passado na peregrinação de maio foram 14) reiterando a aposta na prevenção de criminalidade, “um dos grandes objetivos desta operação”, que incluem a garantia da segurança e da fluidez do trânsito.

Questionado sobre a confusão que se gerou no trânsito após as celebrações na sexta-feira à noite, como constatou a Lusa, o capitão João Lourenço explicou que Fátima registou durante diversos dias a chegada de milhares de peregrinos, sendo que, num período “de uma hora, uma hora e meia” depois das cerimónias, as pessoas pretendem sair da cidade.

“É natural que exista sempre algum congestionamento do trânsito”, reconheceu, como sucedeu após a missa de hoje, e que “flui dentro daquilo que é a normalidade possível”, esclareceu, adiantando que na sexta-feira ocorreu uma colisão que gerou “constrangimento do ponto de vista rodoviário”.

Entretanto, o responsável do Comando Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Médio Tejo, comandante David Lobato, divulgou que foram assistidas pelo dispositivo de proteção civil e socorro instalado em Fátima 317 pessoas, das quais 24 transportadas para os hospitais de Leiria e Abrantes.

De acordo com David Lobato, destas 24 pessoas, oito foram consideradas feridos graves, decorrentes de doenças súbitas ou traumas.

O comandante considerou que a forma como este dispositivo funcionou foi um bom teste para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que se realiza em Lisboa, de 01 a 06 de agosto, com a presença do Papa, que tem prevista uma deslocação a Fátima.

David Lobato adiantou que o posto de comando, no Colégio de São Miguel, recebeu a visita de responsáveis de serviços municipais de proteção civil da Grande Lisboa e outras entidades ligadas à segurança e socorro.

Milhares de pessoas participaram nas celebrações de 12 e 13 de maio ao Santuário de Fátima, com o templo a indicar que hoje estiveram na missa final cerca de 200 mil pessoas.

A peregrinação internacional aniversária foi presidida pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.

A GNR tem cerca de 700 militares na operação de segurança da peregrinação, operação que termina no domingo.

Cerca de 350 pessoas e 90 viaturas integram o dispositivo de proteção civil e socorro para a peregrinação internacional ao Santuário de Fátima, sendo que esta operação termina às 18:00.