Os factos remontam à madrugada do dia 11 de abril, quando a Polícia de Segurança Pública (PSP) recebeu várias denúncias de ruído no bairro da Cova da Moura, causado por uma festa com "uma centena de pessoas na rua".
Em comunicado, a PSP referiu na altura que, ao chegar ao local para tentar cessar o ajuntamento de pessoas não permitido por causa das normas implementadas pela Direção-Geral da Saúde e pelo governo face à covid-19, a maioria dos envolvidos acatou as ordens dadas, enquanto "um pequeno grupo, ao se afastar, promoveu alguns disparos contra a polícia".
A PSP também fez "alguns disparos", no sentido de proteger a restante população e os próprios polícias, para garantir a ordem pública, indicou a polícia.
Na altura não foi possível identificar e deter nenhum dos atiradores, porque estes colocaram-se "em fuga para o interior do bairro", onde acabaram por se esconder.
Os factos foram então remetidos para a PJ, por terem estado envolvidas armas de fogo.
Hoje, aquela força policial anunciou hoje que, em conjunto com a PSP da Amadora, deteve um homem de 27 anos que esteve envolvido nesses confrontos.
Sob o detido recaem "fortes indícios da prática de, pelo menos, cinco crimes de homicídio qualificado, na forma tentada, com uso de arma de fogo, sobre profissionais da PSP", tendo como base um "importante e sólido acervo probatório que permitiu a sua forte indiciação como autor dos graves crimes referenciados", pode ler-se na nota.
O homem foi presente a primeiro interrogatório judicial, onde lhe foi decretada a medida de coação mais gravosa, prisão preventiva.
A ação contou com a colaboração da PJ, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo (DLVT) e da PSP da Amadora.
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