As autoridades venezuelanas detiveram cinco cidadãos estrangeiros, que estariam a conspirar contra o Governo da Venezuela, avança a BBC.

De acordo com as declarações do ministro do Interior, Diosdado Cabello, os detidos são três norte-americanos, um boliviano e um peruano que, alegadamente, estavam envolvidos num plano com as agências de inteligência dos Estados Unidos da América (EUA) para desestabilizar o país.

Cabello não revelou quando ocorreram as detenções, mas informou que um dos norte-americanos foi detido no estado fronteiriço de Zulia.

"Os estrangeiros detidos falam espanhol perfeitamente, um requisito necessário para que se envolvam nas comunidades", disse num discurso transmitido por um canal de televisão da Venezuela.

O Departamento de Estado dos EUA já condenou as detenções, afirmando que "a segurança dos cidadãos norte-americanos em qualquer lugar do mundo é a nossa primeira prioridade".

Já no mês passado, as autoridades venezuelanas anunciaram a detenção de três norte-americanos, dois espanhóis e um cidadão tcheco, que foi acusado de viajar para o país com o propósito de assassinar Nicolás Maduro.

Na altura, o ministro do Interior chamou os detidos de "mercenários" e afirmou que centenas de armas tinham sido apreendidas e que a CIA liderava a tentativa de assassinato. Contudo, os EUA negaram as acusações.

Desde que Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela, mais de 2.400 pessoas foram detidas por protestar contra o resultado das eleições. Por sua vez, centenas foram acusadas de crimes, incluindo terrorismo, incitação ao ódio e resistência às autoridades.

Desde então, a Venezuela já acusou várias vezes os EUA de conspirar e tentar minar o Governo de Maduro.