A Polícia Judiciária deteve "dois homens, de 48 e 54 anos, residentes em Paredes e em Viana do Castelo", que "serão presentes às autoridades competentes para interrogatório judicial e aplicação de medidas de coação".
Contudo, a história começou há vários meses. "A 25 de junho foi reportado a esta polícia que um grupo de homens dirigiu-se a uma residência, em Fafe, pelas 07h00, onde habita um empresário e respetiva família, pretendendo dar cumprimento a uma busca domiciliária", é referido em comunicado.
"Munidos de autorizações judiciais contrafeitas e devidamente equipados com coletes, crachás e indumentária característica da PJ, evidenciando algum profissionalismo e confiança na suposta diligência, os homens iniciaram a busca, apreendendo objetos em ouro, relógios, documentos e dinheiro, cujo valor ultrapassou os 100 mil euros. Efetuaram procedimento semelhante numa das empresas da vítima, arrecadando mais dinheiro", explica a PJ.
Depois destas falsas buscas, os homens "colocaram-se em fuga para parte incerta". Os episódios repetiram-se "em vários concelhos da zona norte do país", nas semanas seguintes.
Durante a investigação, a PJ conseguiu "identificar os suspeitos que, de forma organizada e recorrendo a meios propositadamente angariados para a prática dos crimes, apresentam um vasto passado criminal, tendo já sido condenados e cumprido penas de prisão".
"Com a investigação inicialmente titulada pelo DIAP de Fafe e posteriormente pelo DIAP de Guimarães, realizaram-se diversas diligências de investigação, designadamente com utilização de meios especiais de obtenção de prova, cumprindo-se ainda buscas domiciliárias e não domiciliárias", é frisado.
A PJ conseguiu recuperar "cerca de 30 mil euros em dinheiro, relógios, ouro, moeda estrangeira, viaturas, crachás, coletes e documentos de identificação contrafeitos" alusivos a esta força policial.
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