Quatro gerentes e quatro técnicos diretamente envolvidos na segurança e estabilidade da barragem em Brumadinho são os alvos dos mandados de prisão.
Segundo informações divulgadas pelas autoridades judiciais brasileiras, os funcionários da Vale ficarão detidos por 30 dias e serão ouvidos pelo Ministério Público em Belo Horizonte.
Além dos crimes de homicídio qualificado, os funcionários poderão responder por crimes ambientais e falsidade ideológica.
Estão a ser cumpridos outros 14 mandados de busca e apreensão em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
Também são alvos das buscas funcionários da empresa alemã Tüv Süd, que prestaram serviços de estabilização da barragem de Brumadinho.
“Os documentos e provas apreendidos serão encaminhados ao Ministério Público do estado de Minas Gerais para análise”, refere-se numa nota emitida pelo Ministério Público de Minas Gerais.
O desastre em Brumadinho ocorreu a 25 de janeiro, quando uma das barragens nas quais a empresa mineira Vale armazenava resíduos rebentou, provocando uma avalanche de lama que soterrou as instalações da própria empresa e centenas de propriedades rurais.
A barragem que colapsou foi feita através do método de alteamento a montante, no qual se constroem degraus com os próprios resíduos, sendo o método mais simples e também o menos seguro.
Essa foi também a técnica de construção usada na barragem da empresa Samarco, uma ‘joint-venture’ da Vale e da BHP Billion, que rebentou em 2015, na cidade de Mariana, igualmente no estado de Minas Gerais, onde, aliás, se encontra a maior concentração deste tipo de estruturas, e que provocou 19 mortos.
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