Os quatro detidos são suspeitos de tráfico de seres humanos, auxílio à imigração ilegal e associação criminosa.
Estão indiciados de “pertencerem a uma rede de crime organizado que facilitava a entrada no país de cidadãos estrangeiros oriundos do leste europeu, para fins de exploração laboral”, refere o SEF no comunicado.
Os dois detidos em Torres Vedras, no distrito de Lisboa, facilitariam o processo, ao tratarem das viagens, alojamento e inserção no mercado de trabalho em explorações agrícolas da região Oeste.
Os outros dois detidos em Coimbra são proprietários de uma das explorações agrícolas e recorriam a este tipo de mão-de-obra.
“Muitas das vezes recorriam à retenção de grande parte do salário dos trabalhadores de forma a coagi-los”, adianta o SEF.
Na operação, denominada “Estuda Fria”, o SEF detetou cerca de 20 estrangeiros, dois deles menores de idade, “em situação de vulnerabilidade e em situação irregular”.
Estes cidadãos “foram trazidos” para Portugal em autocarros e colocados a trabalhar em estufas agrícolas em A-dos-Cunhados, no concelho de Torres Vedras, sem condições dignas de trabalho e, em alguns casos, sem auferir qualquer quantia monetária.
Os detidos vão ser presentes a tribunal.
Além dos mandados de detenção, o SEF realizou buscas em residências, numa viatura e num estabelecimento comercial.
Foram apreendidas duas viaturas de alta cilindrada, seis mil euros em dinheiro, telemóveis e computadores portáteis.
Na operação, participaram 30 inspetores do SEF, apoiados por militares da GNR.
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